Os trabalhadores da empresa privada EPINOSUL, vocacionada para atracação, desatracação e amarração de navios no Porto de Luanda (PL), denunciam violação da Lei Geral de Trabalho (LGT) com actos de perseguição e maus-tratos, por parte do Conselho de Administração, liderado por José Luís de Oliveira, com o suporte de Jorge Bartolomeu João, administrador delegado da EPINOSUL.
São mais de 120 trabalhadores, que se sentem injustiçados diariamente pela direcção da empresa, cujo PCA, José Luís de Oliveira assumiu as funções desde 2015.
A perseguição, segundo apurou o Club-K, resulta das reivindicações dos
trabalhadores, que em 2018 remeteram à entidade patronal um caderno
reivindicativo, que até ao momento não mereceu nenhuma atenção da liderança da
EPINOSUL.
No caderno reivindicativo consta o aumento de salário e condições laborais.
“A Empresa produz muito dinheiro no Porto de Luanda, mas a direcção não está
interessada com o estar-social dos seus trabalhadores”, lamentou um dos
trabalhadores, que preferiu o anonimato
Diante das reclamações dos seus direitos, muitos dos trabalhadores
tornaram-se “alvo a abater” pela direcção da EPINOSUL, daí ter encetado uma
onda de perseguição, humilhação, suspensão e despedimentos ao arrepio da Lei
Geral do Trabalho, disse outro trabalhador.
“São inúmeras reclamações, denúncias, protestos que acontecem naquela
empresa, mas o quadro não muda. Alguém tem de parar ou chamar atenção da
direção da empresa, que faz e desfaz a olhos de muitos”, clamam os
trabalhadores.
Segundo os trabalhadores, “são instaurados processos disciplinares por
vezes sem necessidade, devido a um prato de comida e outras vezes inventam-se
factos para condenar o trabalhador”.
Relatos na EPINOSUL dão conta que “há poucos dias a direcção da empresa
decidiu despedir uma trabalhadora, com mais de 25 anos de serviço, sem aviso
prévio alegando excesso de trabalhadores, o que está a ser visto como acto
intimidatório, pois a qualquer momento haverá um novo trabalhador da
conveniência de quem dirige”.
“Recentemente foram despedidos mais dois colegas por não terem sido encontrados no posto de trabalho pelo supervisor, incluindo um da limpeza, o que significa que querem abrir outro ciclo, devido as reivindicações”, contou a fonte.
Os mais de 120 trabalhadores clamam a intervenção dos órgãos de direito,
com vista à salvaguarda dos postos de trabalho de chefes de famílias.
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