Recentes informações indicam um clima de descontentamento nas Forças Armadas Angolanas (FAA) em relação ao Tenente-General Eugénio Carlos Bambi, piloto-aviador da Força Aérea. O atual Chefe do Estado-Maior General das FAA, General Altino Carlos dos Santos, é acusado de conduzir uma perseguição prolongada contra Bambi, que é amplamente reconhecido pelas suas contribuições durante a guerra civil em Angola.
Bambi, que se destacou como um dos primeiros pilotos a enfrentar incursões da aviação sul-africana, foi considerado para o cargo de Comandante da Força Aérea numa recente reestruturação. No entanto, o seu nome foi vetado por Altino, que preferiu indicar um oficial que já havia sido subordinado a Bambi. Essa decisão gerou repercussões significativas entre os oficiais, que veem a promoção como uma questão de mérito e competência.
A situação se complicou no final de 2023, quando Bambi enfrentou uma grave condição de saúde e necessitou ser evacuado para tratamento médico no exterior. Apesar de solicitar uma verba de 30 mil dólares para custear o tratamento, apenas 5 mil foram autorizados por Altino, comprometendo a qualidade da assistência recebida.
Recentemente, ao ser considerado para o cargo de Inspector Geral das FAA, o nome de Eugénio Bambi foi novamente sugerido, mas, como antes, foi prontamente retirado por Altino, sem justificativas. Este padrão de comportamento tem alimentado um crescente descontentamento entre os oficiais generais, que defendem que as promoções e ascensões devem ser baseadas em mérito e experiência, não em relações pessoais.
Em Julho passado, um outro Tenente-General Emanuel Vasconcelos, conhecido como Nelo Russo, manifestou a sua preocupação numa entrevista, lamentando que a situação atual do país não reflete os ideais pelos quais sua geração lutou.
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