A gravidez precose continua a ser um caso preocupante no seio das famílias, facto que faz com que as famílias fiquem de costas voltadas.
POR:
Redacção
De acordo
com o Moreira João Francisco, residente na zona Distrito Urbano do Malueca,
município de Cacuaco, é pai de 6 filhos, a sua última filha, Juliana Francisco,
de 15 anos deu à luz há duas semanas, o jovem que a gravidou também reside no
mesmo bairro, chama-se Osvaldo.
Moreira João Francisco, disse que, durante os primeiros meses de gestação da menina Juliana, o jovem, nunca se quer chegou a dar satisfação à família da jovem, embora tenha sido chamado pelos pais e tios da menina em causa. O pai da menina chegou a ter conflitos com o pai do jovem que dizia não saber desta situação. ‘’Se ele engravidou isso é com ele. E ele que responsabiliza.
“A minha família com a outra há muito que não nos damos bem. Mas na semana que a minha filha deu à luz, eles chegaram e pediram desculpa pelo sucedido, mas nos perdoamos’’. Disse Francisco.
Ainda Miguel Mendes, acrescentou que a sua
familia, não teve a mesma sorte. O morador do Bairro do Kikoca, no Dande,
Bengo, estão de costas voltadas com seu vizinho, Francisco Mafuta, pelo facto
de seu filho, Adão Mafuta, de 17 anos, ter engravidado a sua filha, Inácia
Mendes, de 16 anos.
Inácia, que esta concebida há seis meses, conta
que namorou o Adão, durante seis ou sete meses e, este por sua vez, com 17
anos, é responsável pela gravidez de duas meninas. Para além da Inácia, Adão já
vive com uma menina por largos meses.
Senhor, Miguel ao ter conhecimento que o jovem que
engravidou a sua filha, ja vive com
mulher, resolveu conversar com os pais do Adão, mas sem sucesso. O pai do rapaz
disse que o seu filho é menor, não trabalha, nem casa tem, e não vão conseguir sustentar duas mulheres. E achou por
bem que não deixassem a menina viver com ele maritalmente, porque ia sofrer, apesar
da aflicção, vai cuidar da sua filha, disse.
O professor de Educação Moral e Civica, António
Zacarias, conta que na escola onde lecciona, em Kibaxe, no Bengo, todos os anos
tem havido casos de gravidezes precoces. No início ficava admirado com a
situação, ao ver inumeros casos, de menores de idades, ou seja, em estados de
mãe, mas no decorrer do tempo, foi-se acostumando.
No início
da gravidez, algumas meninas desistem, mas outras preferem dar sequência aos estudos.
Mas as que têm filhos, algumas vezes, vão à escola com familiares, que ficam
com a criança fora da instituição escolar, para poder amamentar em alguns
momentos. Constantemente, dão alguns conselhos sobre gravidez na adolescência e
os cuidados a ter.
´´Há sempre palestras sobre gravidez precoce e
planeamento familiar, palestrados por médicos e enfermeiras, umas acatam os
conselhos, mas, infelizmente, outras não. Conta o professor que a referida situação afecta-nos, ou seja, a sociedade em geral, e fico muito triste quando os familiares se desentendem.
Precisamos estar unidos. Não podemos cruzar os braços.
Temos de continuar a trabalhar e a dialogar mais,
para ultrapassarmos o problema. Concluiu. António Zacarias.
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