A Liga da Mulher Angolana (LIMA), braço feminino da UNITA, acaba de viver
um momento emblemático de sua história política. No Congresso recentemente
realizado, três candidatas concorreram ao cadeirão máximo da organização:
Cesaltina Kulanda, Etna Kapapelo e Maria Sapalalo. À primeira vista, Etna
Kapapelo parecia destinada à victória. Confiante e com uma forte presença tanto
nas redes sociais quanto no terreno, Etna Kapapelo se posicionou como a
favorita desde o início da campanha. Maria Sapalalo, por sua vez, encantou com
sua dicção precisa, mas ainda assim, as apostas a colocavam em segundo plano.
Cesaltina Kulanda, por outro lado, era vista quase como uma carta fora do
baralho, pouco mobilizada e sem grande apoio interno ou digital.
No entanto, a política, assim como a vida, é repleta de surpresas. O
primeiro turno trouxe resultados inesperados: Etna Kapapelo liderou com 45% dos
votos, mas o terceiro lugar, previsto para Cesaltina Kulanda, não se
concretizou. Ela conquistou 30% dos votos, forçando uma segunda volta entre ela
e Etna Kapapelo, já que nenhuma das candidatas obteve mais de 50% dos votos.
Porém, ao contrário do que os analistas esperavam, Cesaltina Kulanda
quebrou todas as previsões. Com impressionantes 55% dos votos na segunda volta,
ela foi eleita para liderar a LIMA, numa virada que surpreendeu não só suas
concorrentes, mas todo o cenário político. Essa reviravolta não é apenas um
reflexo da sua determinação pessoal, mas também um indicador da maturidade
política que a UNITA vem alcançando. A organização, sob a liderança de
Adalberto Costa Júnior, reafirma seu compromisso com a democracia interna e com
a transparência nas suas dinâmicas eleitorais.
Agora, Cesaltina Kulanda se junta a figuras de peso como Nelito Ekuikui,
criando um trio estratégico ao lado de Adalberto Costa Júnior. Este novo
equilíbrio de forças dentro da UNITA tem um objectivo claro: preparar o terreno
para as eleições gerais de 2027 e levar o partido novamente à vitória.
O que parecia impossível se tornou realidade, e a LIMA, sob a liderança da Cesaltina Kulanda, promete continuar sendo uma força poderosa no cenário político angolano.
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