O ritmo de insegurança regional e internacional tem colocado em constante desiquilibrio o sistema internacional, ao mesmo tempo, tem provocado corrida armamentista entre vários actores da comunidade internacional, levando governos a tomarem medidas adicionais de segurança: aumentando o próprio orçamento de defesa, compras de novos contigentes militares avançados e busca por tecnologias bélicas.
As mudanças na forma de condução dos conflitos, guerras e tensões, faz com
que nos planejamentos operações militares levadas a cabo por Estados e grupos
paramilitares, sejam aplicadas outras dinâmicas, na forma de combater um
inimigo estatal, um potencial Estado adversário, entre outros, um dos exemplos
concretos é a denominada “guerra híbrida” (um conjunto de tácticas e
estratégias militares que envolve não apenas mecanismos militares mas também
mecanismos de guerra política, guerra econômico-comercial, guerra diplomática,
guerra migratória, guerra jurídica, guerra psicológica, ataques cibernéticos,
revoltas e tumultos sociais, proliferação de notícias falsas, interferências
eleitorais) com a finalidade de derrubar estrategicamente um inimigo (governos,
grupos, organizações, facções) em prol dos interesses estatais.
O mesmo se pode referir às “guerras por procuração” (quando duas ou mais potências combatem entre si de forma indirecta usando outros actores), esta é também uma estratégia muito usada actualmente dentro dos Mecanismos de Planejamento Operacional Militar de um Estado, basta notar que grupos terroristas como o Hezbollah (no Líbano), o Hamas (na Palestina), os Hutis (no Iêmen) são instrumentalizados e financiados pelo Irã, para atacar Israel e desestabilizar interesses dos EUA e de outros países no Médio Oriente e em outras partes do Mundo. Toda esta dinâmica assinala uma nova forma eficiente de fazer guerra contra inimigos directos ou estratégicos.
Tal igual se pode verificar no conflito Russo-Ucraniano, este conflito é também uma forma de guerra por procuração, onde os EUA, países da UE, da OTAN e países terceiros, estão dentro da guerra (de forma indirecta) apoiando a Ucrânia com treinamentos militares, armamentos, logística militar, dinheiro e ajuda humanitária, na luta defensiva da Ucrânia.
Quanto à incursão do exército ucraniano na Região Russa de Kursk, vale realçar que essa incursão foi um autêntico erro estratégico, além de ser um desperdício de recursos militares e humanos que poderiam servir e reforçar as suas posições militares a nível interno, Kiev ao deslocar parte das suas tropas em Kursk isso o enfraqueceu nas zonas de combate no Próprio Território. Se a intenção do Presidente Zelenskiy era de enfraquecer a posição Russa em Donbas ou noutras regiões ucranianas, calculou muito mal, porque isso sempre esteve longe de acontecer, sendo que a Rússia está usando também mercenários e voluntários em várias frontes do conflito, não tinha como a Rússia mudar sua dinâmica estratégica nesse sentido. O desfecho dessa operação ucraniana em Kursk vai terminar na morte das brigadas ucranianas, não tem como esses militares saírem vivos do Território Russo.
Nenhum estratega militar (agindo na base da lógica militar e da psicologia militar) vai traçar uma operação militar sem apresentar uma linha de fuga estratégica para o seu exército, para em caso de complexidade, de escalada, ou em caso que fiquem encurralados, isso ficou evidente nessa incursão em Kursk o exército ucraniano não tem um plano de fuga, a tropa de Kiev já está cercada. Entretanto, estrategicamente os comandantes militares ucranianos cometeram uma falha grave, ou caíram numa emboscada de contra-inteligência militar arquictetada pelo Kremlin, desse jeito a Rússia poderia justificar o possível uso de armas nucleares contra Kiev, alegando que o seu Território foi invadido e que está em jogo a sua própria sobrevivência Nacional.
Com o avanço da tecnologia militar, tais como: Satélites de Comunicação e de
Exploração, Radares Militares, Satélites Militares Espiões, Sensores
Electromagnéticos, Drones de Reconhecimento Fronteiriço e Radar de Abertura
Sintética (controle de movimentos e de sinais das tropas inimigas; busca de
sinais, leitura do solo que analisa se ali passou ou não viaturas inimigas) não
tem como um País deslocar mais de 10, 20, 50, 100, 200 ou mais blindados, brigadas
ou veículos de guerra sem que sejam notados, isso é impossível, nisso não há
margem de erros ou dúvidas, é algo exacto, é tipo 1+1=2, porque os radares e os
satélites militares espiões sinalizam à centenas de quilômetros de distância a
aproximação de forças inimigas, no entanto, fica claro, em base à esse
raciocínio técnico-militar, que a Ucrânia sem saber, foi empurrada para uma
armadilha a entrar no Território Russo, sem ter dado conta que isso
enfraqueceria suas posições noutras zonas de combate, isso verificou-se a pós à
incursão de Kiev em Kursk, a Rússia avançou significaticativamente na Região de
Donbass... a longo pranzo Kiev sairá de Kursk, e infelizmente as tropas
ucranianas não têm como saírem daí vivos, esse será o desfecho dessa incursão,
não importa o que aconteça, Presidente Zelenskiy estrategicamente tinha que se
concentrar no campo de batalha a nível interno e tentar ganhar terreno,
repelindo as tropas Russas em Donbas, em Karkiv, em Zaphorizhia ou em Kherzon,
ao entrar em Kursk, além de escalar o conflito deu um tiro no próprio pé.
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