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Ministro Mário de Oliveira Indiferente com o impacto que o digital poderá causar a banca - Tomás Alberto

 Recentemente assistimos o aumento nos preços das telecomunicações no nosso país, em que as razões da subida de preços foi o ajuste cambial em função a desvalorização do kwanza face a divisa. Isso por conta da importação de certos serviços deste sector.

Esta subida, não só inflacionou o mercado, como também reduziu o poder de compra de muitas famílias Angolanas; em que muitas poderão estar excluídas de consumir estes serviços. Pois que ao invés de ter os serviços, as pessoas irão preferir comprar comida. Visto que não é só os serviços que sofrem ajustes de preços, mas também os produtos alimentares.

Acompanhamos no mundo uma transformação do analogico ao digital. Para além do digital nos proporcionar as pesquisas para fins académicos, diversão, liberdade de expressão, libertinagem, e facilita a comunicação, este meio também vem acompanhada com vários serviços comerciais.

Entre eles o e-Commerce ( Comércio eletrônico), markeplace ( Espaço de publicidade), entre outros... Para a questão do comércio eletrônico, não há muito que se fazer, sabemos que o nosso país não produz certos produtos, sejam eles alimentares, electrónicos, vestuários e por aí a fora...

Quanto à questão do markeplace (espaço de publicidade), que atualmente é um serviço prestado pelas plataformas internacionais na categoria macro, pode-se fazer alguma coisa, para não ser mais um serviço que irá inflacionar o mercado, asfixiar a banca, e alterar toda vida económica e social dos consumidores.

Para além do consumo, temos que começar a produzir estes serviços localmente em todas as categorias, de modos a complementar a cadeia do ecossistema deste serviço.

Atualmente todos os utilizadores de internet, recorrem ao ecossistema digital internacional para usufruírem destes serviços na categoria macro. Para o uso normal, acaba sendo um consumo de dados. Mas para o uso comercial, acaba sendo um consumo de divisas, que é feito através de um cartão visa. Pois em Angola não temos plataformas conhecidas na categoria macro. Conclusão: É mais um serviço pago em divisas, no leque de serviços que asfixiam a banca e geram inflação. Por sua vez, a inflação altera toda a vida económica e social do nosso país.

A aceleração digital, acaba sendo uma mais-valia no contexto atual, mas também traz consigo, o aumento do consumo em massa deste serviço. Infelizmente o país não dispõe de uma plataforma digital markeplace Angolana na categoria macro. A aceleração que esta a ser feita, por falta de uma macro plataforma marketplace de bandeira nacional, que permite o pagamento em kwanza, aumentará também o fluxo de pagamento neste serviço. Que como disse, atualmente está a ser prestado pelas plataformas internacionais em que o pagamento é feito única e exclusivamente em divisas através de um cartão visa. Que de certo modo irá asfixiar a banca, e gerará inflação.

Chegamos a está conclusão, de que o Senhor Ministro se mostra indiferente, Isso por conta das várias respostas que tivemos, das cartas enviadas a aquele ministério, com os seguintes assuntos: Apoio institucional para o reforço do ecossistema digital Angolano, Proteção da fonte de receitas do Estado (Impostos), Alternativa de preços e pagamentos em kwanza no serviço digital e inclusão digital comercial, isso para quem não possui um cartão visa e queira usufruir deste serviço de forma abrangente.

Mesmo estando expresso no Plano de Desenvolvimento Nacional, no capítulo das políticas de comunicação e aceleração digital, (pag. 112) deste mesmo plano, ainda assim, o Sr. Ministro mostrou-se indiferente.

Dentre as coisas que estão a ser cumpridas neste mesmo plano, são somente a expansão do sinal da internet, infraestruturas, e equipamentos. Deixando de lado as plataformas que são a razão do uso destes serviços.

A questão da competitividade, receita fiscal e emprego, expressas neste plano, estão em causa, porque a competitividade passaria na criação ou empoderamento das plataformas privadas na categoria macro, e não apenas nas infraestruturas, equipamentos, e expansão do sinal da internet, que ao invés da competitividade, esta simplesmente a aumentar o consumo. Uma vez que o acesso a internet, equipamentos, e infraestruturas são apenas as condições criadas para os utilizadores usarem os aplicativos e websites, onde a magia acontece.

Acelerar o consumo de um serviço que não prestamos na categoria macro, em que o pagamento ao mesmo é feito única e exclusivamente em divisas, através de um cartão visa, é sobretudo asfixiar a banca, criar exclusão digital comercial em massa, que inflacionará o mercado, e alterará toda a vida económica e social do nosso país, como tem acontecido com outros produtos e serviços pagos em divisas.

Enquanto os números dos utilizadores de internet não são muito altos, e poucas pessoas usam as ferramentas digitais para fins comerciais, é altura de se pensar fazer um alinhamento equilibrado ao Plano de Desenvolvimento Nacional página (112). Os aplicativos e websites na categoria macro, são indispensáveis para Angola competir de facto, e não ser apenas consumidora.

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