Investimento publicitário angolano em declínio

 De acordo com a informação disponibilizada pelo IAOP (Instituto Angolano de Opinião Pública) e segundo os dados do PubliMonitor, para o primeiro semestre do ano, o investimento publicitário em Angola (preço de tabela), teve um decrescimento de 10,8 (decrescimento similar a nível de número de inserções) com um total de investimento de 11 184 670 384,00 kz. Esta análise foi realizada com recurso ao MMW- Adex, para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2024 para os suportes que monitorizamos.

Redacção

Dos meios e suportes que o IAOP monitoriza, a Televisão teve um decréscimo de 10,4%, a Rádio decresceu 15,4% e a Imprensa Publicada, também com um decréscimo de 6,6%.

Em televisão os únicos canais (monitorizados pelo IAOP) que registaram um crescimento no investimento publicitário foi a Zap Novelas, a Zimbo, e a Afro Music Channel. No meio radiofónico apenas duas estações tiveram um crescimento de Investimento Publicitário – a Rádio Ecclesia e a Rádio Luanda. 

Na imprensa escrita o Novo Jornal, Expansão e a Revista Austral foram, os únicos suportes, que registram uma tendência de crescimento. No 1º semestre do ano, os sectores que mais investiram foram o Institucional/Estado/Governo (que representa 27,2% (com um decréscimo de 9,8%), o sector da Media com um peso de 11,7% no total do investimento (-1% que no período homólogo) e, o sector dos serviços recreativos/culturais com 12,5% (com um crescimento de 2,8%).

Estes três sectores representam cerca de 51,2% do total de Investimento (a preço de tabela). Dos sectores que historicamente têm tido uma importância crucial no crescimento do investimento publicitário (Telecomunicações, Banca, Seguros, Comércio/Retalho, Bebidas, Alimentação e Automóvel), verificou-se também a mesma tendência de desinvestimento (-10,6%). Em contraciclo, e com crescimento, a nível de investimento, estão os sectores das Telecomunicações e Comércio/Retalho.

No top 5 dos maiores anunciantes, encontra-se a Zap, o Executivo de Angola, governo provincial de Luanda, Ministério da Saúde e a Africell.

Esta análise foi realizada com recurso ao MMW- Adex, para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2024 para os suportes que monitorizamos.