Num mundo cada vez mais globalizado e multicultural as relações internacionais vão seguindo ritmos estratégicos diferenciados nas suas mais variadas dinâmicas de cooperação bilateral e multilaterial entre os Estados, entre as organizações regionais, internacionais e organizações Não-governamentais, de modo a possibilitar a concretização dos seus interesses nacionais e multilaterais, sejam eles de carácter econômico-comerciais, culturais, sociais, técnico-científicas, educativos ou interesses relacionados à Defesa e Segurança ou Alianças Militares.
Olhando de perto para as complexidades do sistema internacional, o elemento
comunicação governamental vai ganhando uma particular importância no âmbito da
diplomacia pública (um conjunto de meios e instrumentos sociais,
informacionais, culturais e tecnológicos, usados por um governo e pelas
próprias comunidades civis, nas suas relações com outros Estados e povos, com
objectivo de promover a imagem do País, atraindo financiamentos e investimentos
projectuais estrangeiros em prol do Estado, incluindo o incentivo do turismo e
interesses de outras nações na sua cultura e modo de viver), que dependendo das
estratégias aplicadas pelos governos nas suas negociações e tratados, poderá
atrair o desenvolvimento económico-social a nível interno do País.
Entretanto, dada à essa nova conjuntura das relações internacionais, onde vários actores apresentam interesses diversos e adversos, os tratados (acordos, protocolos, memorandos, declarações conjuntas políticas e diplomáticas) entre os governos, devem de qualquer forma encontrar um meio de compatibilidade nas suas negociações de Estado, focando a sua linha de actuação de política externa: na cooperação ao desenvolvimento, cooperação econômica, cooperação científica e cooperação militar. No entanto, para tal efeito, dar-se-a, a necessidade urgente dos Estados reduzirem seus mecanismos burocráticos nas suas tratativas de cooperação.
Hoje o continente africano é duas vezes mais atrativo e relevante do ponto de
vista geopolítico e geoeconômico em relação à toda a sua época de colonização e
décadas após à sua independência, isto em parte por causa da sua evolução
diplomática, que apesar de não estar ainda no nível desejado, demonstra uma
certa melhoria em termos de tecnocracia negocial com outros Estados da
comunidade internacional, o que implica necessariamente uma melhoria na sua
forma de comunicação externa, porque em diplomacia “a qualidade da comunicação
em uma negociação depende tanto do nível de entendimento mútuo como da
eficiência do processo”, isso é verifícável em África.
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