Bassirou Faye é Presidente do Senegal desde 2 de Abril de 2024. Quando empossado no cargo de Chefe de Estado, sentenciou: “Não quero as minhas fotos nos vossos escritórios, porque não sou Deus nem um ícone. Sou apenas um servo da Nação. Em vez disso, coloquem as fotos dos vossos filhos para que possam vê-los sempre que estiverem para tomar uma decisão”. Dito de outro modo: Distanciou-se da bajulação e dos bajuladores. Fez muito bem!
Faye é um político jovem e moderno. Introduziu um novo paradigma de fazer política naquele País da África Ocidental. O Senegal e os senegaleses têm a sorte de ter um servo que sabe que não é nenhum Deus na terra. Tem consciência dos danos que a bajulação pode causar. Em 2017 ouvi “Alguém” a verberar que a bajulação tinha de ser combatida. Mas não aconteceu. Pelo contrário! Manteve-se a forma e a mesma fórmula. Os protagonistas são os mesmos.
Sou frontalmente contra a bajulação. Os políticos angolanos preferem ser “mortos” por um falso elogio do que serem salvos por uma crítica. Quem os critica é posto de parte. E de ponta. Vira inimigo. Pronto a abater na primeira esquina. Eis a (minha) fotografia dos bajuladores: Incompetentes e preguiçosos. Adeptos da “Lei do Mais Vivo” e do “chico-espertismo”. Induzem em erros sistemáticos às lideranças. São tudo para e pelo Partido. Assim são os filhos da bajulação. Assim é a (minha) fotografia dos amantes do proxenetismo político.
Mau grado os políticos angolanos ignorarem que a bajulação leva à falsa
percepção da realidade e à tomada de decisões irracionais. A bajulação
sobrepõe-se a dados concretos à mesa do servo da Nação. A corrupção e o
nepotismo florescem onde há bajulação. E com eles vem a falta de transparência
e abuso de poder. A bajulação enfraquece a democracia. Viabiliza o Estado
autocrático. Os bajuladores constituem o maior perigo para o Estado angolano.
Sempre foram. Em 2017 mudou-se para se manter tudo na mesma.
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