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O POLÍTICO ASTUTO- ANDRÉ KIVUANDINGA

 No vasto território da política, onde as leis são tão maleáveis quanto um contorcionista em circo, encontramos uma espécie peculiar, o político astuto. Doptado de habilidades camaleônicas, esse ser sobrevive e prospera na selva política com astúcia, criatividade, bajulação, lábia, desonestidade, rouba, mente, etc.

Imagine, caro leitor, um desses espécimes em sua jornada matinal. Ao acordar, em vez de café, sua fonte de energia é um elixir secreto de promessas eleitorais ou não e discursos ensaiados. Com sua gravata bem ajustada num fato feito na Europa e um sorriso convincente, ele parte para mais um dia de malabarismos políticos.

No seu trabalho, o político esperto é como um maestro regente de uma sinfonia de interesses divergentes. Ele sabe como harmonizar os egos inflados dos colegas e transformar debates acalorados em aplausos diplomáticos. Sua retórica é tão flexível que poderia rivalizar com um contorcionista olímpico.

E que dizer das campanhas eleitorais? Para o político esperto, cada rua é um palco, e cada eleitor, um actor em potencial. Com um aperto de mão firme e um sorriso cativante, ele vende esperança embaladas em slogans brilhantes. Seus comícios são espetáculos dignos de Hollywood, onde a verdade se mistura com a ficção de forma tão sutil que até mesmo os críticos políticos e opositores se perdem na trama.

Mas, não se engane, caro leitor. Por trás desse show de habilidades, há uma mente afiada como a lâmina de um bisturi. O político astuto sabe navegar pelas águas turbulentas da corrupção sem se molhar, deixa para trás apenas sorrisos e promessas vazias. Ele mente, engana e intruja muitos activistas, jovens, diplomáticos e líderes políticos, que traem seus carácteres, amigos e familiares, depois ele desaparece.

E assim, enquanto o sol se põe sobre a selva política, o político esperto se recolhe, satisfeito com mais um dia de vitórias e artimanhas. Pois, como diz o ditado, na política, o importante não é ser honesto, mas sim ser astuto o suficiente para nunca ser pego.

Que lições podemos tirar dessa crônica? A política é um teatro onde a astúcia muitas vezes supera a honestidade, e onde os políticos espertos são os verdadeiros protagonistas dessa comédia trágica chamada democracia.

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