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Caso Duplo Homicídio: Amigos acreditam haver cabala contra ex-comandante do Belas

 O juiz do Tribunal da Comarca de Belas, António Yange, que conduz o julgamento do duplo homicídio no município de Belas, envolvendo o então comandante municipal Evandro Aragão e mais cinco arguidos, agendou para o próximo dia 8 de agosto a leitura dos autos e discussão dos quesitos deste processo-crime, cujo julgamento teve início em abril.

O Ministério Público (MP) pediu aos juízes que apliquem a pena máxima ao antigo comandante da Polícia Nacional do município de Belas, em Luanda, o superintendente Evandro Aragão, por entender que ele foi o mandante da morte dos dois jovens assassinados na zona Verde, em 2023, no município de Belas, conforme avançado pelo Novo Jornal.

Uma fonte próxima à família do antigo comandante, que acredita haver uma cabala contra Evandro Aragão, tem uma opinião diferente, alegando que nas várias audiências não ficou provado que o visado teve participação nas mortes dos dois jovens em fevereiro de 2023 para ser considerado o autor moral. A versão da família sustenta-se na acusação do Ministério Público.

Segundo a mesma fonte, os três agentes do comando municipal de Belas, que também estão a ser julgados no mesmo processo, nomeadamente Paulo Gonga Simão, Francisco Domingos Tchicola e João Tchitote, tiveram contacto direto com as vítimas até a morte, não assumindo em julgamento a autoria do crime, atirando toda a culpa ao comandante de Belas, que em nenhum momento orientou para assassinar os jovens. "Aliás, os três agentes disseram sempre em tribunal que não receberam nenhuma orientação do comandante Evandro Aragão para assassinarem os dois jovens, em função das perguntas feitas pelo juiz da causa, a magistrada do MP e os advogados de defesa", diz a fonte.

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