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A culpa não pode morrer solteira - José Carlos de Almeida

 Cada cidadão ou cada estrangeiro residente em Angola deve ter a consciência da máxima, segundo a qual “Quando a cabeça não regula bem ou corpo ou o bolso é que pagam”.

1. Em Angola, há muita falta de civismo, por culpa do Estado - omissão do dever actuar disciplinarmente. Os habitantes, angolanos e estrangeiros, têm praticado actos demonstrativos de falta de civismo, indiferença aos bens públicos. Têm praticado infrações que prejudicam a sã convivência social.

2. Nas famílias, há regras determinadas pelos progenitores ou pelos encarregados de educação. Nas instituições e empresas, há regres comportamentais e deontológicas estabelecidas por lei ou por elas mesmas, enquanto entidades empregadoras. Do mesmo modo, nas diferentes associações, nomeadamente políticas e desportivas, há regras que os associados devem respeitar, sob penas de serem submetidos à responsabilidade disciplinar. Particularmente, em relação às igrejas, há comportamentos que são suscetíveis de gerar graves consequências aos infractores. Com efeito, há fiéis que têm desassociados ou expulsos da religião que professam.

2. 1. Quanto às famílias, as crianças e os adolescentes sabem que, por actuação dos seus progenitores ou encarregados de educação, podem ser castigados fisicamente ou através de perdas de alguns direitos.

2. 2. Portanto, as relações entre os indivíduos, na qualidade de trabalhadores ou associados, requer observância de determinadas regras comportamentais e axiológicas. Contudo, em Angola, em relação aos cidadãos, o Estado exonerou-se de praticar actos punitivos exemplares com o objectivo de dissuadir muitos potenciais infractores. Constata-se a Polícia de Ordem Pública é quase inexistente. Infelizmente, assistimos a muitos actos reveladores de incompetência ou indiferença da Polícia Nacional. Infelizmente, vê-se travessia de peões em lugares impróprios - debaixo das passagens pedonais superiores -, às barbas dos agentes da Polícia Nacional; vendas e paragens de longa duração nessas infraestruturas, como se elas fossem locais de vista turística; comércio nas estradas e passeios.

3. Em relação ao trânsito rodoviário, vê-se motociclistas fazerem travessias em pedonais terrestres ou áreas. Há muitos anos, assiste-se a isso, sem que haja estratégias de combate à essa falta gritante de civismo. Os meus de comunicação sociais, sobretudo, os audiovisuais têm chamado atenção sobre esses factos negativas. No entanto, a Polícia Nacional demostra não ter consciência das suas responsabilidades.

4. Entretanto, muitos angolanos e estrangeiros residentes têm estado a vandalizar bens públicos e deles retirarem materiais de valor comercial, que vendidos em casas que compram cobre e matérias ferrosos. Esses actos têm sido prejudiciais ao Executivo Angolano e à população. Infelizmente, o poder é capaz de gizar estratégias eficazes de combate ao vandalismo.

4. 1. O poder preferiu fazer o mais simples- agravar a pena dos vândalos, que, uma vez condenados, ficarão presos em diversas cadeias, à custa dos angolanos, que terão de pagar a manutenção de cada um deles. Nem sempre um número considerável de pessoas pensa bem. Isto está privado.

4. 2. Será que o Executivo já analisou a relação benefícios/prejuízos entre a existência de alguns estabelecimentos comerciais que compraram materiais roubados ou furtados (concessão de um número considerável de emprego, pagamento de impostos) e posição do Estado è particulares, que têm sido prejudicados pelo incentivo ao vandalismo (roubos e furtos de cobre e matéria ferrosos). Quanto é que o Executivo já gastou a com a reparação dos bens públicos destruídos ou danificados? Quando é que já gastou com a compra e transporte do equipamento repostos? Depois dessa análise, o Executado poderá fazer um cotejo entre o que perdeu, somando os danos dos particulares, por um lado, e as vantagens resultantes do número de empregos e rendimentos arrecadados por essas “empresas”. À parte disso, os membros do Executivo pode reflectir sobre os constrangimentos que os criminosos (autores e mandantes) têm gerado.

4. 3. Creio que a estratégia devia ser: encarrar a maioria delas - mais precárias - mas manter as mais bem estruturadas. Às Casas de Compra-e-Venda a Peso seria exigida a instalação câmaras de vídeo-vigilância, à entrada e nos espaços de realização do comércio. Todas as semanas teriam de enviar as imagens captadas ao um supervisor de imagens indicado pelo Executivo. A outra medida seria incentivar a denúncia, pagando aos denunciantes um determinado valor e emitindo-lhes “declarações de cidadãos consciente”, as quais poderia ser apresentadas em determinadas instituições públicas para efeitos de reduções pagamentos de emolumentos e bilhetes de acesso a eventos culturais e desporto organizados pelo Executivo. A ideia é simples: “É melhor gastar pouco com s prevenção do que gastar muito com a vandalização”.

4. 4. A denúncia seria muito útil para o denunciante. Cada denúncia seria incluída numa base de dados, de modos a se poder verificar a lisura e efetividade das denúncias. Com estas medidas, haveria menos vandalismo e roubo de bens privados.

4. 5. Entretanto as autoridades polícias e a fiscalização pública devem e podem, respectivamente, interpelar condutores de automóveis e transeuntes que transportem determinados materiais, em relação aos quais possa haver suspeitas de terem sido roubados ou furtadas. Assim perguntas sobre a sua proveniência e destino seriam indispensáveis. Além de um contacto com o presumível proprietário dos artigos transportados, caso se justificar.

5. Os culpados de actos que não constituam crimes ou em casos de crimes de baixa moldura penal, sem reincidência, devem ser condenados ao exercício de trabalho comunitário, tais com reciclar lixo em locais específicos, colher produtos agrícolas, limpar vias públicas e capinar terrenos públicos. Se houvesse estas medidas, os angolanos e os estrangeiros residentes seriam mais bem-comportados e conscientes das suas responsabilidades. Por outro lado, o Pais seria mais limpo, pois haveria mais homens, mulheres e adolescentes obrigados a fazer limpezas.

6. Reitero a ideia de que precisamos de uma Polícia de Ordem Pública mais interventiva e um poder judicial mais participativo na resolução de conflitos gerados por cidadãos que não respeitam as normas de convivência social. E se um juiz, oficial superior da Polícia ou das Forças Armadas forem apanhados em flagrante delito a fazem comércio na via pública? E se, em consequência disso, forem condenados à obrigação de realização de serviços comunitários ou a pagamos de “multas agravadas pela qualidade do infractor”? Será que os cidadãos não pensariam “Se um juiz, um general foi condenado (…), quem sou eu para não para desrespeitar a sociedade? Deixa-me ficar quieto”.

Quando eu for Presidente da República, Angola será melhor. Teremos respostas para muitas questões que prejudicam o País. Prometo aos meus compatriotas que não haverá braços cruzados ou indiferença perante acontecimentos inquietantes. É assim na maior parte das famílias, organizações da sociedade civil, instituições e empresas. O Executivo Angolano também terá as suas reacçōes proporcionais à gravidade das infrações dos angolanos e estrangeiros residentes. Isto significa, que quando eu for Presidente da República, “a culpa jamais morrerá solteira”. Todos os estados evoluídos agiram nesta base e seus cidadãos têm elevado nível de civismo e de cidadania.

Deixo uma frase de reflexão: “Angola só acabou com o tiros na passagem de ano, quando se decretou que a pessoa que fizesse um tiro no na passem de ano seria condenado e enviado a uma cadeia na Província do Namibe. Os angolanos colaboraram. Foram denunciantes. Assim acabámos com o “bangue-bangue” na transição de anos. Parabéns a quem teve a ideia! Gostava de lhe oferecer dois exemplares de três livros meus. Ele ou ela merece! Pensar bem não está ao alcance de todos. De contrário, com as riquezas que Angola tem seria um País desenvolvido.

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