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MPLA diz que não vai ser possível realizar autarquias até 2027

  MPLA, partido no poder em Angola, admitiu esta semana na cidade do Cuito que até 2027 não haverá realização das eleições autárquicas devido a condições adversas. A posição foi tomada durante as II jornadas parlamentares, que ocorreram de 22 a 28 de junho na capital do Bié.

As jornadas parlamentares contaram com palestrantes como Carlos Feijó, Adão de Almeida e uma antiga dirigente de Cabo Verde. Realizadas a portas fechadas, Carlos Maria Feijó, membro do Bureau Político do MPLA, afirmou que as eleições autárquicas não poderão ser realizadas até 2027. A revelação deu lugar ao levantamento dos ânimos dos militantes que logo a seguir questionarem sobre o motivo de o partido estar a realizar uma jornada parlamentar com o tema “autarquias locais e a organização político-administrativa do Estado”, mesmo sabendo que não as organizará. Em resposta, o político comunicou aos presentes que a última palavra seria do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

Durante o debate, uma representante do PAICV de Cabo Verde observou que o MPLA parece estar a evitar as autarquias, lembrando à plateia que, na sua opinião, Angola está muito mais avançada em termos legislativos sobre o assunto, comparada ao seu país. 

Apalestrante não só incentivou o MPLA a realizar as eleições autárquicas, como também destacou que este modelo eleitoral é o melhor que um país pode experimentar. Ela também mencionou que em Angola, o projeto de lei autárquica prevê a criação da polícia municipal (autárquica), algo que Cabo Verde ainda não possui, apesar de seus vários anos de experiência com eleições autárquicas. 

No decorrer dos debates acalorados, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Adão de Almeida, foi confrontado com a questão do projeto de divisão de províncias no país. Os militantes questionaram onde ele estava quando o Presidente da República teve a ideia de dividir as províncias do Cuando Cubango e Moxico em duas, e agora planeia dividir Luanda em duas províncias. 

ministro também foi questionado sobre as razões que levaram o Presidente a alterar os nomes dos municípios sem consulta popular prévia, e se já consultaram a população de Icolo e Bengo para saber se estão interessados em se tornar uma província. Constrangido, Adão de Almeida garantiu que as consultas populares estão em andamento.

 

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