Venho a público, com profunda indignação, denunciar a situação precária em que se encontram os funcionários da empresa Joel e Filhos, em N’dalatando. À 2 anos, esses trabalhadores dedicados não recebem seus salários, o que os coloca em uma situação de extrema dificuldade financeira e social.
A empresa Joel e Filhos foi contratada através do Programa Integrado de Intervenção dos municípios (PIIM) para a construção de uma escola de 22 salas de aulas, com início em maio de 2020 e prazo de conclusão de 9 meses. No entanto, a obra está parada há quase dois anos, com apenas 35% de execução física e 75% de desembolso financeiro.
Em agosto de 2022, ano das eleições, a empresa recebeu três auto de medição e uma tranche no valor de 75 milhões de kwanzas. Apesar desses recursos, o Sr. Joel, dono da empresa, não apenas não concluiu a obra como também deixou de pagar os salários dos funcionários por mais de 2 anos .
Para piorar a situação, sempre que os fiscais tencionam fazer os seus trabalhos a administração municipal do Cazengo anúncia a empresa, que por sua vez a empresa se esforça para criar a falsa impressão de que a obra está em andamento, mobilizando os trabalhadores às pressas para maquiar a realidade. Essa atitude demonstra a falta de respeito e compromisso com os trabalhadores e com o dinheiro público.
É inadmissível que uma empresa contratada pelo Estado para realizar uma obra de grande importância social trate seus funcionários com tamanha negligência. Os trabalhadores, pais de família, estão passando por sérias dificuldades para sustentar suas casas e garantir o mínimo de dignidade para seus filhos.
Diantedesse cenário, venho a público para exigir:
* Pagamento imediato dos salários atrasados aos funcionários da empresa Joel e Filhos.
* Abertura de uma investigação rigorosa sobre as irregularidades na obra e na gestão da empresa.
* Aplicação de medidas cabíveis contra o Sr. Joel e demais responsáveis pela situação.
Não podemos permitir que a impunidade e a falta de respeito com o dinheiro público continuem a prevalecer. É preciso que as autoridades competentes tomem as medidas necessárias para garantir os direitos dos trabalhadores e a conclusão da obra, assegurando que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e transparente.
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