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Às manobras do MPLA: CNE ao cafrique do regime angolano

Para continuar no poder, o MPLA, através dos órgãos locais da CNE, pretende alargar o período de encerramento das mesas de voto para às 19 horas e a pretensa necessidade da criação de mesas móveis no dia da votação.

A redacção

Os órgãos locais da CNE, no caso a Comissão Provincial Eleitoral e as suas congéneres Comissões Municipais Eleitorais, receberam ordens superiores para levarem acabo um plano macabro que visa facilitar a subversão da vontade do povo a ser expressa nas próximas eleições. Cientes de que a derrota eleitoral em 2027 será um facto, os mentores da manipulação já começaram a viciar o jogo, ao arrepio daquilo que a Lei 36/11, de 21 de Dezembro.

Está em curso desde o dia 23 de Maio, a realização de reuniões plenárias desde a Comissão Provincial Eleitoral (CPE), até ao nível das comissões municipais eleitorais na província do Bengo, cuja agenda é:  Abertura e Encerramento das Assembleias e Mesas de Voto; criação de mesas móveis no dia da votação.

Na actual Lei 36/11, de 21 de Dezembro, o ponto nr 1 do artigo 103º (Epígrafe início da votação, diz-nos que a votação inicia às 07 horas, para as eleições gerais, depois de constituída as mesas de voto.

Durante o dia de funcionamento da mesa de voto, a votação é ininterrupta e só se conclui com o apuramento. Os eleitores são admitidos a votar até às 16 horas. As mesas de voto encerram às 17 horas, devendo-se, entretanto, assegurar que os eleitores que estejam presentes nas assembleias de voto até à hora referida no número anterior possam exercer o seu direito de voto.

Qual é a razão que deve fundamentar a extensão do tempo de votação para noite adentro? questiona. 

Está clara que pretendem criar, é para irem nos CAPs do MPLA inflamarem as urnas com votos de eleitores fantasmas ou para a duplicidade de votação dos membros do MPLA nesses CAPs.

Igualmente alertam, que as reuniões das plenárias decorreram no mês passado desde a data que fizemos referência, dia 23, portanto, estão a violar o artigo 23º do regulamento sobre a própria organização e funcionamento dos órgãos locais da CNE. O segundo aspecto que pretendemos partilhar diz respeito ao clima de intimidação e intolerância que está a ser fomentado pelo Administrador Municipal e 1º Secretário do MPLA do Dande o Senhor Domingos João Lourenço.

O senhor administrador e 1º Secretário do MPLA no Dande faz algum tempo que prometeu criar obstáculos a acção política da UNITA e prometeu em reuniões internas do seu partido reduzir a acção da UNITA no município sede da Província. O senhor prometeu aos seus militantes usar os mesmos métodos que usou em Nambuangongo para obstruir a presença da UNITA naquele município. Intimidar os cidadãos, usar a função e os instrumentos do estado para corromper, intimidar e implantar um ambiente de intolerância política generalizada. Isso é tudo quanto esse senhor sabe fazer, porque resolver os problemas que o povo realmente está a enfrentar ele não consegue.

No dia 26 de Novembro do ano passado no bairro Km 40 também conhecido por bairro Coragem a bandeira da UNITA foi vandalizada. Dia 29 de Novembro de 2023, aconteceu o mesmo no Bairro Três Casas. No dia 02 de Dezembro de 2023 foi a vez do bairro Mussenga, todas essas aldeias pertencem a comuna do Úcua. Dia 16 de Dezembro no bairro Nandos na Comuna das Mabubas, também aconteceu a mesma coisa e tudo indica que foram acções devidamente orientadas pelo Administrador Municipal e 1º Secretário do MPLA.

A polícia foi comunicada, mas infelizmente nenhum dos presumíveis autores foi responsabilizado. Os órgãos do partido, no entanto, fizeram questão de repor os seus símbolos, no caso as bandeiras.

A fracassada a tentativa de remover as bandeiras da UNITA por meio de acções de vandalismo na calada da noite, o administrador municipal e 1º secretário do MPLA do Dande, Domingos João Lourenço optou por usar um expediente administrativo para remover as bandeiras da UNITA erguidas nos comités locais e núcleos de base ao nível do município. 

Com a intenção velada de impressionar ou melhor, para intimidar o povo e os militantes da UNITA, o 1º secretário do MPLA arrastou consigo a polícia para um acto de “recolha de lixo” como se pode perceber nos documentos que recebemos da administração municipal. Cartazes e dísticos a apelar ao voto de um determinado candidato estão bem visíveis aqui na cidade. Na rotunda junto ao Banco Sol pode ver-se um desses dísticos com a fotografia do Presidente do MPLA, a sua bandeira e as palavras “O nosso Candidato”, um dístico de 2022. 

O panfleto em ponto grande, está lá, a Administração não remove quando nós, em cumprimento da lei, retiramos o nosso material da rua logo depois da Campanha Eleitoral. Importa destacar que, grande parte das bandeiras da UNITA estão erguidas junto aos jangos construídos pelos próprios militantes.

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