O Professor Universitário Tchilalo João Muhala, Presidente da Associação dos Académicos do Cunene e Analista Político, enviou uma carta ao Secretariado do Bureau Político do MPLA denunciando a atuação do suposto rei dos Kwanhamas, Jerónimo Haleingue, e sua esposa, Josefina Pandeingue, na promoção do tribalismo na província.
Na carta, Muhala acusa Haleingue e Pandeingue de utilizarem a retórica
tribal para se manterem em cargos de poder, ignorando os princípios
democráticos e igualitários. Ele destaca que o tribalismo não é inerente ao
povo Kwanhama, mas sim resultado das ações de um grupo específico, liderado
pelo casal e composto por nomes como Gonçalves Namweya, Lúcio Ndinoiti, Elias
Satiohamba e Eleutério Hivilikwa.
Muhala argumenta que as práticas discriminatórias desse grupo minam o crescimento e desenvolvimento social, cultural, econômico e político do Cunene. O acadêmico aponta o impacto negativo na harmonia e coesão da província, gerando conflitos e desconfiança entre os diferentes grupos étnicos.
O Professor sugere que o MPLA dê voz a figuras como Pedro Tongeni, Sua
Majestade Mário Satypamba, Pe. Gaudêncio Félix Hiakulenge, Lázaro Kakunha e
Orlando Sambwako, que defendem a coesão e o desenvolvimento do Cunene. Ele
destaca a importância de ouvir a juventude da província, que anseia por paz,
harmonia e oportunidades iguais para todos.
Muhala finaliza a carta pedindo ao Bureau Político do MPLA que tome medidas
para corrigir os desvios que ameaçam a integridade e a estabilidade do Cunene.
Ele apela para uma mudança de direção no MPLA/Cunene, guiada pelos princípios
de igualdade e não discriminação.
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