Escritores defendem políticas públicas de incentivo à leitura

 Os escritores John Bela e Esmael Farinha defenderam recentemente, em Luanda, a necessidade do reforço das políticas que fomentem o gosto pela leitura desde a infância.

Falando à Angop no Dia Internacional do Livro Infantil, assinalado nesta terça-feira, 2 de Abril, os escritores defenderam a inclusão das escolas e das comissões de moradores nestas políticas que visam incentivar a leitura infantil no país.

Para John Bela, os livros infantis são uma vanguarda para os petizes, por facilitar a aprendizagem da leitura e o desenvolvimento da capacidade cognitiva. Nesta senda, o escritor exortou os encarregados e professores a terem o livro como uma prioridade para as crianças. "Deve-se dar atenção aos escritores de livros infantis, porque eles são os protagonistas para o desenvolvimento da sociedade que se pretende”, informou.

O escritor e poeta Esmael Farinha sublinhou que a literatura na infância melhora o vocabulário, fazendo com que o aprendizado seja mais fluído, rápido e eficaz. Para dinamizar ainda mais a literatura, Esmael Farinha disse que se deve criar políticas para as crianças desenvolverem hábitos de leitura nas escolas, colégios e creches.

Esmael Farinha recordou que as crianças podem fazer roda de leitura com escritores angolanos infantis da nova e antiga geração, com destaque para Cremilda de Lima, Bel Neto, Ngonguita Diogo, Kardo Bestilo, Mira Clok, John Bela e Manuel Rui Monteiro.

O Dia Internacional do Livro Infantil foi criado pelo Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY) em 1967 e celebra-se anualmente a 2 de Abril. A efeméride foi criada para homenagear o escritor e poeta dinamarquês Hans Christian Andersen, autor de algumas das histórias para crianças mais lidas em todo o mundo, com foco para "O Patinho Feio”, "O Soldadinho de Chumbo” e "A Pequena Sereia”.