O Secretário provincial do Partido Renovação Social (PRS), no Huambo, Antônio Soliya Selende, teceu fortes críticas, ao presidente da república, João Lourenço, por mostra-se disponível em a apoiar o orçamento geral de Estado de alguns países africanos.
O político disse que acompanhou atentamente os pronunciamentos de João Lourenço, quando discursava, em Portugal, na cerimónia das festividades do Quinquagésimo Aniversário do 25 de Abril de 1974.
“É triste o que nós vimos e ouvimos da boca do presidente João Lourenço ao discursar sobre 25 de Abril, a dizer que Angola vai apoiar outros países com orçamento geral de Estado”, lamentou, criticando que “então o país tem dinheiro para apoiar outros países, enquanto temos aqui pessoas a morrerem a fome! E não só, os antigos combatentes, aqueles que lutaram, os ex-FAPLA, os ex-FALA, ELNA”, entre outros, disse, comem nas lixeiras.As crianças que estudam debaixo das arvores, crianças que morrem nos hospitais por falta de medicamentos, são outras das várias situações apontadas pelo político dos Renovadores Sociais, que diz, Angola é um país que está “escangalhado”.
“Temos um país completamente escangalhado. Se andarmos pelas aldeias, há áreas que é difícil para nós chegarmos lá, porque não tem estrada. Há tempo vimos o que se passou aqui na área do Sambo. Para quem chega, atravessando o rio Cunene, há uma carrinha que foi arrastado pela água e já avisamos desde muito tempo e dizem que não têm dinheiro, para terminarem a ponte sobre o rio Cunene. E lá seis pessoas morrem, porque não tem ponte”, recordou.
As outras áreas também de difícil acesso, consta na zona de Lumbanganda, no município do Bailundo, por não ter pontes. “Há outras áreas com mais de difícil acesso”, criticou, salientando que a sua província do Huambo, não tem estradas em algumas Comunas.
“Para além disso, vejam em que estamos a passar. Os funcionários públicos, estão a reclamar porque o salário é misero, não é compatível com o custo de vida. E o presidente da República diz que vai apoiar o orçamento geral do Estado de São Tomé?”, interrogou-se.
Para Antônio Selende, com esta atitude, a população estaria na rua depois dos pronunciamentos do presidente da república, João Manuel Gonçalves Lourenço. “Se há dinheiro, como é possível as pessoas morrem às portas dos Hospitais?”, questionou.
Fonte Benguela 7
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