A União das Populações de Angola, consciente das suas responsabilidades e dos direitos do povo angolano, declara pretender atingir esta independência imediata para o povo, por meio de vias pacífica e democráticas. Ela não deixara nenhum sacrifício para tal objetivo.
O vosso dever é claro. Vós sois os mais desenraizados. Sois
vós que sofreis a opressão colonial. É por isso esta razão que sois vós os mais
interessados na obtenção da restauração da nação Angolana.
A pós cinco séculos, os vossos ancestrais, os vossos pais e
vós mesmo estais condenados a dispender todas as vossas forças para que os
colonialistas portugueses inriqueçam, Vós Crisis as riquezas e nem se quer têm
o direito de aproveita-las. O vosso suor serve de grão aos colonos, o vosso
sangue é segado pelo vampiro colonial e vós permaneceis na maneira e na
humilhação.
A União da Populações de Angola, se engaja a por fim a este estado de coisas no território Angolano. Ela vos chama a contribuir a liquidação do colonialismo português em território nacional.
ÀS MULHERES.
As mulheres do Ghana, da Guiné, do Camarões, do Togo, do
Congo e da Somália participaram no combate heróico contra o colonialismo. A
hora não é mais , onde as mulheres ficam em casa e assistem ao espetáculo dos
acontecimentos. Os vossos maridos não são pagos, os vossos filhos estão mal
alimentados e não escolarizados, eles não são mais do que máquinas de produção
e a permitir aos colonos que levem uma vida que insulta cada vez mais à miséria
do povo angolano.
Vós tendes os mesmos direitos que os homens.
A União das Populações de Angola - pretende estabelecer um regime democrático que possa, sem distinção de sexo permitir a cada indivíduo desenvolver a sua personalidade e contribuir ao enriquecimento, bem como a fecundidade da nação Angolana. A maior parte do te tempo vós sois requisitadas e empregadas em trabalhos forçados, a besta colonial é imperiosa para vós, e exigem-vos trabalhos desumanos que quotidianamente vós evitam.
A União das Populações de Angola - acredita que este
escândalo já durou demasiado tempo, e que a hora chegou para vos dar um futuro
digno e respeitoso. Onde quer que estejais, mobilizai-vos, estejais prontas a
aprender e divulgar às palavras de ordem da União das Populações de Angola. Combate
o medo, a submissão dos vossos hábitos, do vosso amo, não termais. É preciso
mostrar ao ocupante que vós estais conscientes da justeza da vossa causa.
CHEFES TRADICIONAIS.
A vossa posição é certamente difícil. Inconscientemente, vós
servistes por muito tempo os interesses colonialistas e permitistes a
exploração do povo. Embora a vossa missão de chefe seja de proteção e serviço
ao povo de Angola, um certo número dentre vós, se comporta como instrumento do
colonialismo. Têm permitido o recrutamento de trabalhadores forçados e apoiado
a política de impostos enormes sobre grande parte dos Angolanos, o que é uma
traição.
A União das Populações de Angola, não ignora às operações que
vós sois objeto por parte do colonialismo, mas sabe que o grande movimento que
atravessa a África, não vos pode deixar indiferente, e que vós deveis
compreender que o movimento, que a hora chegou de escolherdes, entre o vosso
País, os vossos filhos, vossos irmãos e os colono. É por isto que vós pedimos,
que reflitais.
Durante o ano de 1960, todos os povos africanos devem reunir
todos os seus esforços em vias extirpar o colonialismo de África. Os povos
africanos e o povo de Angola não terão piedade dos homens que não escolham a
via da justiça e da verdade.
A partir de hoje, o povo vós julga.tudo o que fizerdes contra
ele será retirado contra vós. A hora não é mais em que um europeu possa ordenar
a um chefe a punição ou espancamento, cego em qualquer momento e em qualquer
circunstância dum seu súbdito. O fim das arbitrariedade ecoou. Vós deveis
compreende-lo.
AOS COLONOS PORTUGUESES.
A UPA vós pede para que não vos oposais a marcha da história.
Alguns de vós edificais fortunas colossais em detrimento dos Angolanos.É
preciso que compreendais que a hora de restituição aos Angolanos das suas
terras e dos seus recursos.
Quanto aos outros, a União das Populações de Angola, diz-nos
que poderão ficar em Angola em paz em conjunto conosco de modo a erguemos
juntos a edificação duma República angolana democrática e social.
AO POVO E AO ESTADO PORTUGUÊS.
A União das Populações de Angola abolirá todos os estatutos
de recepção instaurados pelos vossos representantes. As mulheres terão também o
direito de voto.
Os privilégios serão abolidos, cada um terá o direito a
instrução. O desemprego será declarado epidemia nacional e todas as forças serão
utilizadas no combate a esta praga.
Todos os homens e mulheres habitantes de Angola, qualquer que
seja a sua nacionalidade, sua raça e religião terão os mesmos direitos e serão
respeitados a sua pessoa, tal como os seus bens.
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