Um novo capítulo de controvérsias e abusos de poder emerge no sistema judiciário angolano, enquanto o escândalo em torno da Alegada perseguição ao Juiz Desembargador João Francisco continua a se desdobrar.
Após a recente divulgação de um vídeo nas redes sociais, que captura o
momento em que o gabinete do Juiz Francisco foi invadido e a fechadura da porta
foi trocada sem a sua autorização, o Presidente do Tribunal Supremo emitiu uma
ordem alarmante.
Segundo fontes próximas ao Tribunal, o Presidente convocou todos os funcionários que presenciaram o arrombamento para comparecerem no CSMJ no dia 23 de fevereiro, às 10:00 horas, para se pronunciarem sobre quem fez e partilhou um vídeo do incidente que circula nas redes sociais. A convocação informa que os funcionários que não comparecerem serão demitidos da função pública.
A intenção de Joel Leonardo é identificar o responsável pelo vazamento do vídeo, que expôs a ação criminosa contra o Juiz Francisco.
Este desenvolvimento ocorre em meio a uma série de eventos perturbadores envolvendo o Juiz Francisco. Além de ter sido ilegalmente suspenso das suas funções, as suas assessoras foram transferidas para outros departamentos sem aviso prévio ou justificativa formal logo após a sua suspensão, enquanto o seu apartamento foi invadido duas vezes anteriormente.
A perseguição institucional contra o Juiz Francisco levanta sérias preocupações
sobre o estado da independência judicial em Angola. A ordem draconiana de
demissão dos funcionários reflete uma tentativa desesperada de silenciar a
verdade e encobrir os abusos de poder no sistema judiciário.
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