Sapalo António, que foi desqualificado para concorrer à presidência do PRS, durante o V congresso ordinário que terá lugar nos dias 02 e 04 de abril, exigiu nesta quarta feira 21 a reposição da legalidade do processo organizativo” que considerou estar viciado.
De acordo com sapalo António, que falou em conferência de imprensa, que nos termos dos estatutos do partido, cabe ao conselho político e comité nacional convocar o congresso e não a uma comissão criada pelo presidente do partido.
“Aos militantes e amigos do PRS apelamos à calma e paciência. Da nossa parte, tudo estamos a fazer para a desconstrução da aberração, com vista à reposição da legalidade e da verdade”, acrescentou o também antigo líder do Grupo Parlamentar do PRS.
“O V congresso ordinário deve ser realizado
com múltiplas candidaturas, sob a organização de uma comissão preparatória
composta por pessoas idóneas de modo a garantir imparcialidade e lisura do
processo organizativo, o que não aconteceu”.
Relativamente
à sua suspensão como membro Comissão Nacional do partido, Sapalo António,
esclareceu que em nenhum momento foi ouvido pela comissão de ética e auditoria
do partido.
“Por
isso, tal hipotética sanção verbal só pode ser fabricada intencionalmente pelo
presidente do partido e seu grupo, com o objectivo de tentar inviabilizar a
minha candidatura”, esclareceu.
Ainda
no que diz respeito à suspensão verbal, disse que remeteu à comissão da ética e
auditoria uma carta em Junho de 2022, a manifestar a sua anulação.
“Nos
termos da Lei e da Constituição, uma suspensão não anula os direitos
fundamentais do cidadão, de eleger e ser eleito”, aclarou o político, que
reagiu à acusação de que Sapalo António terá criado uma formação política.
“Sou fundador do PRS e nunca mais criarei uma outra formação política”, referiu, acrescentando que, caso o V congresso aconteça no período previsto, vai recorrer ao Tribunal Constitucional para o impugnar.
Refira-se que o coordenador da comissão organizadora do congresso, Donji Vieira, disse que o antigo vice-ministro da Indústria no Governo da Unidade e Reconciliação Nacional (GURN) pelo PRS, Sapalo António, e Gaspar Fernandes dos Santos, actual secretário nacional da JURS, braço juvenil do PRS, não reúnem condições para concorrer à presidência do partido.
O Partido de Renovação Social foi fundado em 1990 e na primeira eleição em que participou, em 1992, ganhou seis assentos na Assembleia Nacional.
Em 1999, o partido passou por um período de conflito interno, em que quatro deputados foram expulsos. O PRS conquistou 3,17% dos votos nas eleições de 2008, ganhando oito assentos dos 220 da Assembleia Nacional.
Nas
eleições de 2012 o partido viu a sua bancada reduzir-se a três cadeiras, e na
de 2017 a duas. Nas eleições de 2022 o partido conseguiu dois deputados.
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