A presidente do Movimento Nova Direita, Ossanda Líber, cidadã lusa-angolana que almeja concorrer ao cargo de Primeira-Ministra de Portugal, afirmou esta quarta-feira, 3, em conferência de imprensa em Lisboa, que a decisão para que a sua organização participe nas eleições legislativas de 10 de Março de 2024, “está nas mãos do Tribunal Constitucional”.
Na sua intervenção aos órgãos de comunicação social numa das unidades
hoteleiras, na manhã desta quarta-feira, na capital portuguesa, a lusa-angolana
Ossanda Líber, disse que por duas vezes, o Tribunal Constitucional de Portugal
se pronunciou com solicitações de alterações aos estatutos, e a Nova Direita,
segundo a sua líder cumpriu com os requisitos.
Ossanda Líber lembrou que o prazo legal para registo do Movimento Nova
Direita como partido político a tempo para concorrer para as eleições “é no dia
15 de Janeiro, que é a data da dissolução da Assembleia da República”, pelo
que, disse a cidadã nascida em Angola em 1977, “o Tribunal tem tempo mais do
que suficiente para registar o Partido, garantindo assim o nosso direito,
enquanto cidadãos portugueses, de constituir um partido político e participar
nas eleições”.
Segundo a política, a igualdade perante a lei é um princípio fundamental
numa sociedade democrática. “Todos os partidos políticos devem ser tratados de
forma justa e imparcial, independentemente das suas ideologias ou
posicionamentos políticos”, realçou.
“É um facto que os juízes do Tribunal Constitucional são indicados por partidos
políticos com assento parlamentar, tratando-se no nosso caso, de um juiz
indicado pelo Partido Socialista. No entanto, nós somos um movimento
institucionalista e queremos continuar a acreditar na idoneidade das
instituições e na separação de poderes. Este caso será por isso a confirmação,
ou não, da aplicação rigorosa, pelo poder político, dos princípios consagrados
na constituição da república portuguesa”, ressaltou Ossanda Líber.
À imprensa, a presidente do Nova Direita, revelou que no dia 21 de Dezembro
último, a organização foi informada pelo Tribunal Constitucional de Portugal
que o processo já foi validado, as assinaturas entregues mais uma vez aceites e
foi remetido para análise pelo Ministério Público (MP), que na prática tem
apenas de analisar os artigos dos estatutos agora alterados.
“Causou-nos por isso grande perplexidade, que a notícia veiculada na
imprensa, na passada quinta-feira, 28 de Dezembro, não só não tenha referido
que neste momento o Nova Direita já respondeu com a apresentação de novos
estatutos, como, ao contrário do que a notícia dá a entender, neste momento o
processo encontra-se nas mãos do Tribunal, que irá decidir se sim ou não, o
Nova Direta participará nas eleições legislativas de 10 de Março”, frisou.
Entretanto, o Nova Direita é um movimento conservador e soberanista, que
surge num tempo de profunda transformação global tecnológica, cultural,
económica e geopolítica.
Tem como vocação usar a política como instrumento do “Bem Comum” e como
objectivos de fazer renascer o Portugal ambicioso e ousado, reforçar a direita
portuguesa e contribuir decisivamente para a construção de um futuro de
felicidade para os portugueses.
O Movimento Nova Direita foi criado em 2022 imediatamente após as eleições,
por ter constatado o défice de representação dos valores conservadores na
política portuguesa.
A família, a defesa da vida, a solidariedade, a tradição portuguesa, a
soberania económica e estratégica são aspectos que estão na base das suas
propostas.
Quem é a Ossanda Líber?
A líder do Movimento Nova Direita, Ossanda Líber, é uma figura emergente na
política portuguesa. A cidadã nasceu em Angola, em 1977, Ossanda Liber viveu em
Paris antes de se mudar para Lisboa, em 2004.
É casada e tem quatro filhos. Desde 2021, Ossanda Líber tem tido um
percurso político activo. Nesse ano, foi candidata independente à presidência
da Câmara Municipal de Lisboa, tendo obtido 864 votos.
Em 2022, foi eleita vice-presidente do Partido Aliança, fundado por Pedro
Santana Lopes. Em 2023 decide avançar com a fundação do partido Nova Direita do
qual é presidente.
A líder do Nova Direita é uma defensora do empreendedorismo e da soberania
nacional. É uma crítica feroz das políticas progressistas e dos movimentos
“woke” que considera serem “uma conspiração contra a harmonia em sociedade”.
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