A deputada da UNITA, Mihaela Webba, teceu duras críticas à proposta de Lei de Segurança Nacional (LSN) durante a sua intervenção na Assembleia Nacional, considerou que o documento apresenta vícios de inconstitucionalidade, erros estruturais e viola os direitos fundamentais dos cidadãos.
Mihaela Neto Webba fez um enquadramento
político e histórico sobre o conceito de segurança nacional, destacando a
importância de distinguir entre interesses partidários e interesses nacionais.
A parlamentar questionou a definição de segurança nacional presente na proposta, salientando que esta não deve violar a Constituição nem servir objetivos pessoais ou de grupos.
Igualmente argumentou que a verdadeira ameaça à segurança nacional em Angola reside na violação sistemática da Constituição, na desigualdade económica e social, na marginalização causada por políticas públicas falhadas, na exclusão político-partidária e na militarização do aparelho do Estado.Inconstitucionalidade e erros estruturais:
Webba destacou que a proposta de LSN
viola a Constituição da República de Angola em diversos pontos. Ela citou como
exemplos a atribuição de poderes excessivos ao Presidente da República, a
autorização para a violação do domicílio das pessoas e a restrição do direito à
circulação e às telecomunicações.
A deputada também apontou erros estruturais na proposta, como a falta de
clareza nas definições de segurança nacional e de ameaças à segurança nacional.
Ela também criticou a centralização de poder nas mãos do Presidente da
República e a militarização da sociedade.
MPLA acusa UNITA de usar parlamento para
activismo
O MPLA, no poder em Angola, acusou UNITA
de “oposição recauchutada”, que usa o parlamento como palco de ativismo
político em busca de seguidores nas redes sociais, através de “disseminação de
inverdades e de discursos enganadores”.
“Lamentavelmente, a Assembleia Nacional
(parlamento) de Angola tem sido transformada num palco de ativismo político
irresponsável, as discussões dos projetos e propostas de lei são usadas como
oportunidades para o insulto, para desconsideração e para o desrespeito”,
afirmou o presidente do grupo parlamentar do Movimento Popular de Libertação de
Angola (MPLA), Virgílio Fontes Pereira.
Dirigindo-se à União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA), maior partido na oposição, o líder
parlamentar do MPLA disse que este partido “se abstém de fazer uma oposição
responsável e de ficar na história como participe da construção da nova
Angola”.
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