O Ministério do Interior angolano classificou como "ações criminosas" os eventos ocorridos em Luanda "desde as primeiras horas" desta segunda-feira, considerando que "representam um ataque ao Estado democrático e de direito".
"Essas ações criminosas que atentam contra a estabilidade pública
representam um ataque ao Estado democrático e de direito e ao bem-estar dos
cidadãos", salienta-se num comunicado lido na televisão nacional.
Segundo o Ministério do Interior, "são atos premeditados de sabotagem
e intimidação que não serão, em hipótese alguma, tolerados, pelo que as
autoridades estão a tomar todas as medidas necessárias para a manutenção da
ordem e tranquilidade públicas, bem como para identificar, responsabilizar e
levar à justiça os mandantes e executores desses atos deploráveis".
As autoridades angolanas reafirmam que "a situação de segurança
pública é estável e apela à população para que se abstenha de participar ou
incentivar esse tipo de ações e que colabore com as autoridades denunciando
quaisquer atividades suspeitas".
Os protestos irromperam durante o primeiro de três dias de paralisação dos
taxistas contra o aumento dos combustíveis, com milhares de pessoas na rua,
atos de violência e vandalismo, pilhagens e ataques a autocarros.
O Consulado-Geral de Portugal em Luanda alertou para a atual situação de
segurança na capital angolana, recomendando prudência e que se evitem
deslocações desnecessárias, face aos tumultos que, esta segunda-feira,
ocorreram em vários pontos de Luanda.
"A atual situação de segurança em Luanda é objeto de monitorização e
acompanhamento próximo por parte da representação diplomática de Portugal em
Angola, em contacto com as competentes autoridades angolanas e com os parceiros
da UE", lê-se no comunicado publicado na página oficial do consulado.
O consulado aconselha os cidadãos portugueses a manterem "prudência e
vigilância", e sugere a adesão ao canal WhatsApp do Consulado-Geral de
Portugal em Luanda, disponível através da ligação.
Face aos "constrangimentos de mobilidade que se preveem para [terça-feira]
29 de julho", o consulado informou ainda que "o atendimento ao
público [...] se encontrará fortemente limitado" nesse dia, assegurando o
"compromisso de reagendar para tão breve quanto possível todos os atos
consulares que possam ser impactados por aquelas limitações".
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