O Tribunal Supremo (TS) vai julgar Hélder Vieira Dias "Kopelipa" e a defesa do réu interpôs recurso e aguarda-se a todo o momento pela resposta do juiz da causa.
O antigo homem forte do ex-Presidente (já falecido) José Eduardo dos Santos
requereu a abertura de instrução num processo que lhe foi movido pelo
Ministério Público, em que está acusado dos crimes de peculato, burla por
defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder,
branqueamento de capitais e tráfico de influências.
Segundo Leandro Lopes, o despacho de pronúncia saiu no dia 20 de dezembro de 2023 e as partes foram notificadas no passado dia 15 de janeiro. Kopelipa arrolou 23 testemunhas e é defendido pelo advogado Amaral Gourgel, igualmente defensor de Fernando Gomes, arguido no mesmo processo.
As empresas Plansmart International Limited e Utter Right International Limited, que requereram também a abertura de instrução, são representadas por Carlota Cambenje e Hama Vasco, do escritório de Benja Satula. Na instrução, fase facultativa do processo de arguição criminal, tanto a acusação como a defesa intervêm diretamente como partes processuais e os arguidos podem ainda apresentar provas e argumentos ao juiz, neste caso Nazaré Pascoal.
O general 'Kopelipa' foi chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos e o general "Dino" foi chefe das comunicações no mesmo perÃodo. Leandro Lopes, que falava à margem da primeira sessão extraordinária do plenário do TS em 2024, deu conta também que os julgamentos que transitaram do ano passado serão julgados este ano, como é o caso do processo em que o réu é o antigo embaixador de Angola na Etiópia.
O julgamento do diplomata Arcanjo Maria do Nascimento, acusado pela prática do crime de peculato, reinicia-se na próxima segunda-feira, 29 de janeiro. "No dia 20 de fevereiro terá inÃcio um novo julgamento do subcomissário da PolÃcia Nacional, Domingos Adão Francisco, réu solto, que responde no mesmo processo com mais dois co-arguidos, réus presos, pela acusação de passagem, colocação e circulação de moeda falsa ou falsificada", explicou.
De acordo com o responsável, o ano judicial 2024 em Angola tem inÃcio em 1 de Março
e decorre sob o lema "Pela Concretização da Autonomia Financeira e
Modernização da Atividade Jurisdicional".
0 Comentários