A exoneração do subcomissário Joaquim Dadinho do Rosário do cargo de comandante da Polícia Nacional no município do Talatona, em Luanda, provocou um sentimento de “alegria” e “festa” no arraial dos camponeses da zona do 11 de Novembro, no distrito urbano da Cidade Universitária.
Para os camponeses do Talatona, que se dizem vítimas de usurpação de seus terrenos alegadamente pelo o exonerado comandante da Polícia, a exoneração de Joaquim do Rosário “chegou tardia”, ainda assim agradecem ao Presidente da República, João Lourenço pelo afastamento do “homem que desgraçou a vida de muitas famílias”, em Luanda, com maior enfoque no município do Talatona com a ocupação de terrenos para o seu benefício pessoal, usando o nome do Estado e as forças de defesa e segurança.
Segundo apurou o Club-K, a mesma “satisfação”, após terem tomado conhecimento da exoneração do Joaquim do Rosário, foi manifestada pelos camponeses da Associação “Ana Ndengue”, no distrito do Patriota, município de Belas, que apontam a alta patente da corporação como um dos “principais invasores de terrenos de cidadãos indefesos”, mediante o uso da força policial, no litígio que envolve a Fundação Lar do Patriota (FLP).Entretanto, o porta-voz dos camponeses da empresa “Konda Marta”, pensa que
“era sem tempo a exoneração do comandante do Talatona” e que o seu afastamento
representa uma “vergonha” às pessoas que o defendem.
Daniel Neto disse que “devemos manifestar gratidão ao Presidente da
República, João Lourenço, por nos ter tirado um inimigo do caminho”.
“Esse é uma máfia grande, por isso não seja somente ele (Rosário)”,
salientou o também tenente-coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), que
espera que “a exoneração do comandante do Talatona traga benefício para a
população”.
O nome do subcomissário Joaquim do Rosário, há anos vem sendo citado pelos
órgãos de comunicação social, por meio de camponeses em Luanda, sobre o seu
suposto envolvimento na disputa de usurpação de terras de cidadãos usando
instituições do Estado angolano, com vista a tirar proveito pessoal.
Sempre que os cidadãos camponeses indefesos tentaram impedir a ocupação das
suas terras, segundo relatam, os agentes alegadamente mandatados pelo
comandante da Polícia Nacional do Talatona, espancam e detêm as vítimas, muitas
delas idosas de 70 e 80 anos, com o fim único “apoderar-se das parcelas de
terra”.
Os actos, tidos como violação dos direitos humanos, já resultaram em
mortes, cujo caso mais recente aconteceu em Outubro de 2023, em que um jovem
trabalhador da empresa chinesa HS, foi assassinado a tiro por efectivos da
polícia que se tinham deslocado no terreno em disputa a mando do comandante
Joaquim do Rosário, após ser confundido como alguém pertencente aos camponeses
da empresa “Konda Marta”.
Das várias queixas apresentadas à Procuradoria-Geral da República e ao
Serviço de Investigação Criminal (SIC), segundo Daniel Neto, “nunca tiveram
pernas para andar, apesar das provas apresentadas”.
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