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Angola encerra amistosos

 O “desconhecido” Bahrein testa o apetite de vitória da Selecção Nacional, antes da estreia no CAN, no amistoso previsto para esta tarde, às 15h00, no estádio Dubai Police Club.

O segundo e derradeiro jogo de preparação dos Palancas Negras é para dissipar todas as dúvidas que ainda persistem, que o técnico Pedro Gonçalves e o plantel sejam capazes de aproveitar bem a última partida para devolver a esperança aos adeptos.

Assim como Angola, o Bahrein está a preparar o Campeonato Asiático, mas por ser uma selecção modesta, sem expressão em Angola, fica claro que o interesse dos adeptos nacionais é perceber até que ponto os Palancas Negras estão em condições de fazer uma boa figura neste africano da Côte D’Ivoire.

Se contra a vizinha República Democrática do Congo o resultado era o menos importante, esta tarde dá para esticar um pouco mais a corda, não tanto pelo adversário, mas por causa daquilo que os Palancas Negras não conseguem fazer desde o jogo com a RCA. Realmente, são longos meses, cerca de meio ano, a saborear o que sobrou do último triunfo, o que naturalmente aumenta agora a apreensão, porque o CAN está à porta.

Os Palancas Negras estão a atravessar um dos períodos mais difíceis da era Pedro Gonçalves. O número de jogos sem marcar está a aumentar. Se a equipa consegue criar, mas falha sempre, há motivos para concluir que a seca de vitórias está a fazer mossa ao combinado angolano, que bem tenta, mas não consegue disfarçar o desconforto que sente, pelo que não consegue fazer diante da baliza.

Em princípio, o amistoso desta tarde é o derradeiro da selecção antes do CAN. Assim é importante que Pedro Gonçalves e pupilos estejam em plena sintonia, pois depois já não terão oportunidade de agendar um novo jogo de controlo para limar as arestas que ainda são motivo de preocupação. Que o técnico consiga inculcar na mente dos atletas que depois do Bahrein a contagem decrescente é irreversível, por conseguinte, não haverá tanto tempo disponível para preparar tudo no detalhe.

Agora que o CAN é mais uma questão de uns poucos dias, é normal que os atletas queiram resguardar-se, mas no cenário actual tem de haver um pouco mais de espírito de abnegação, ainda mais porque o Bahrein dá muita margem para se pensar alto.

Os Palancas Negras escolheram o Dubai também por causa do clima, parecido com o que vão encontrar em Bouaké, sede do grupo D. Mas, o ideal é que este derradeiro amistoso também dê a temperatura competitiva ideal para a selecção aumentar os níveis de confiança para prevalecer contra a Argélia, Mauritânia e Burkina Faso, adversários da série.

O curto estágio e os dois jogos de preparação em nada influenciaram as escolhas finais dos 23 de Pedro Gonçalves para o CAN. Ainda assim, é importante que o técnico nacional consiga separar o trigo do joio, para que seja o desempenho dos atletas nos jogos de preparação, em vez da antiguidade, a influenciar o posto da titularidade durante o campeonato africano.

Por causa das ausências no CAN que consagrou o Senegal, a selecção tem um número elevado de estreantes, mas é ponto assente que o núcleo duro de Pedro Gonçalves não vai ser muito alterado, anda mais porque o técnico nacional é muito conservador, via de regra evita passar a mensagem de que está a colocar 

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