O internacional Hélder Costa, 29 anos, pediu dispensa do Campeonato Africano por estar sem clube na presente temporada, lamentou o seleccionador nacional Pedro Gonçalves, domingo, em conferência de imprensa de apresentação dos convocados para o CAN TotalEnergies CAF'2023.
"É o próprio atleta que nos disse que não se sentia confortável em vir, tendo em conta que ainda não resolveu a questão profissional," justificou.
Mesmo sem clube, o esquerdino aceitou suar a camisola
nacional em alguns jogos, como com o Madagáscar, que confirmou o regresso ao
CAN, mas agora, segundo Pedro Gonçalves, preferiu ficar de fora até encontrar
um novo clube para voltar a entrar de novo nas opções técnicas das Palancas
Negras.
A prontidão de sempre de Hélder Costa fez com que
Pedro Gonçalves estivesse inclinado a convocá-lo, mas depois da negativa
compreensível do atleta, concordou em respeitar a decisão, em meio a
possibilidade de poder contar com a presença do esquerdino no estágio, se um
dos 23 eleitos se lesionar e não recuperar a tempo de disputar o africano da
Côte d'Ivoire.
Assim como Hélder Costa, o reforço Ivan Cavaleiro
também pediu dispensa, porque sofrer de lesões frequentes que lhe impedem de
jogar pelo Lille, esclareceu Pedro Gonçalves que confirmou a disponibilidade do
"czar" em jogar por Angola, apenas quando estiver na plenitude da
forma física.
Caminho inverso vai fazer o também avançado Jerémie
Bela, acometido por várias lesões, ele esteve ausente das convocatórias, mas
recuperou-se bem, voltou a jogar e quando Pedro Gonçalves o abordou para saber
da disponibilidade, respondeu de maneira satisfatória, como pretendia o
treinador das Palancas Negras.
Embora pudesse convocar mais atletas, Pedro Gonçalves
esclareceu que preferiu fazer uma lista definitiva de 23, com garantia de
encontrar um substituto como Rui Modesto, Gilberto e outros, que estão de
prontidão para o que der e vier durante o estágio em Dubai.
Para o CAN, Pedro Gonçalves convocou 23 atletas:
Neblú, 1º de Agosto, Kadú, Oliveira do Hospital, e Dominique, Etoile Carouge
(guarda-redes) Tó Carneiro, Eddie Afonso e Kinito, Petro de Luanda, Buatu,
Valenciennes, Gaspar, Estrela da Amadora, Lóide Augusto, Alanyaspor, e Núrio
Fortuna, Gent (defesas) Fredy, Eyupspor, Beni, Casa Pia, Bruno Paz, Konyaspor,
Keliano, Estrela da Amadora, Show, Maccabi Haifa, e Estrela, Erzurumspor
(médios) Zine, AEK, Mabululu, Al Ittihad Alexandria, Milson, Maccabi Tel Aviv,
Gelson Dala, Al-Wakrah, Jerémie Bela, Clermont, M'bala Zola, Fiorentina, e Zito
Luvumbo, Cagliari (avançados).
Pedro Gonçalves quer fazer história na
prova
O seleccionador nacional Pedro Gonçalves revelou,
ontem, que ambiciona fazer história no CAN'2023 a disputar-se de 14 de Janeiro
a 11 de Fevereiro na Côte d'Ivoire.
O técnico preferiu economizar as palavras ao apontar a
meta das Palancas Negras na competição: "Queremos sempre ser competitivos,
mas não sei até aonde podemos chegar".
A selecção angolana tem os quartos-de-final como a
melhor prestação de todos os tempos, mas Pedro Gonçalves admite que o contexto
actual não tem nada a ver com o de 2008, no Ghana, e 2010, em Angola, com
prestações memoráveis da equipa nacional.
"O número de participantes antes era de
dezasseis, mas agora aumentou para vinte e quatro. Significa que, depois da
primeira fase, temos de chegar aos oitavos e continuar a ir atrás dos nossos
objectivos," afirmou.
O desempenho das Palancas Negras, durante os 39 jogos
sob comando de Pedro Gonçalves, é a única garantia segura que o técnico precisa
para acreditar numa boa campanha no CAN.
"Temos uma ideia clara de jogo e há uma
identificação. Jogámos um futebol competitivo, mas respeitamos todos os nossos
adversários", observou.
A estreia angolana no CAN'2023 acontece com a Argélia.
O prognóstico do técnico nacional é feito com três pontos, apesar de reconhecer
que todos os adversários do grupo D são difíceis.
"A Argélia esteve ausente do último CAN, mas está
a fazer de tudo para voltar a conquistar o troféu, tendo em conta que foram os
campeões em 2019. Queremos ganhar o primeiro jogo, fazer o mesmo contra a
Mauritânia e, por fim, com o Burquina Faso".

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