“O combate a corrupção no nosso Pais falhou e a mobilização de recursos financeiros para alavancar a nossa economia através de uma democracia económica do próprio titular do executivo esta a falhar, pois há mais gastos com as viagens do Presidente do que concretamente mobilizar recursos para alavancar a economia nacional no sentido de diversificar a economia e consolidar a produção interna o que revela um exercício negativo”. Afirmou o Presidente partido do Palma Nova Angola, Manuel Fernandes.
Fonte: portal V.V
O número um do Palma
Nova Angola considera que o País está numa situação difícil, pois a crise que
se instalou na nossa sociedade em 2014 não se compara com o que vemos
actualmente, acontece que o actual titular do poder executivo quando surgiu com
um discurso reformista apaixonou toda sociedade tendo garantido muitas
expectativas aos angolanos mas ao meio do primeiro mandato as coisas começaram
já a revelar -se diferentes daquilo que era a expectativa e a prática começou a
ser outra.
“Concretamente o combate a corrupção falhou, a mobilização de
recursos financeiros para alavancar a nossa economia através de uma democracia
económica do próprio titular do executivo esta a falhar, há mais gastos com as
viagens do Presidente do que concretamente mobilizar recursos para alavancar a
economia nacional no sentido de diversificar a economia e consolidar a produção
interna o que revela um exercício negativo” disse o Politico.
O nosso entrevistado reagiu igualmente aquilo que se vai falando
alegadamente nos bastidores que o Presidente da República poderá sair do poder
com o mérito de ter tirado a pobreza para a miséria, algo que se espelha hoje
para mais adiante dizer se os angolanos eram pobres hoje são miseráveis e isto
decorre de erros económicos, o princípio de fazer dívidas para pagar dívidas
não revelou transformação ou positividade na vida do cidadão.
Manuel Fernandes é de opinião que não interessa criar grandes
infra-estruturas do ponto de vista da saúde sem investir primeiramente no homem
pois o bem-estar dos cidadãos deve configurar-se na linha primária da
prioridade governativa e não o que vemos. O mais alto mandatário do País entendeu
priorizar as infra-estruturas e colocando em segundo lugar o homem, desabafou o
responsável. Para o nosso interlocutor, o sonho de substituir o envio de
Pacientes ao estrangeiro para ser tratado aqui não vai ser agora, ainda é um
fiasco tendo justificado apontando muitas debilidades no sector afirmando que
as unidades hospitalares não estão a corresponder com a sua vocação social,
pois acrescenta em muitas unidades não há técnicos mas sim mão de obras
estrangeiras para operacionalizar algum equipamento mas não dão resposta a toda
demanda.
“Há muita mão-de-obra, seria bom inverter a pirâmide, primeiro dar formação ao homem e depois apostar nas infra-estruturas” aconselhou o homem forte do Palma que acrescenta dizendo que são rios de dinheiro que se gastam, por isso mesmo, deveríamos formar primeiros os nossos quadros ao invés de se gastar tanto dinheiro com os quadros estrangeiros” Sugeriu.
Para ele é
necessário que o governo aposte no saneamento básico, na melhoria de vida dos
cidadãos, combate a pobreza, e na rede primária de saúde para evitar que os
grandes hospitais sejam os absorventes desta demanda, e o que mais mata aqui em
Angola diz o nosso entrevistado são as doenças como diarreicas agudas e malária
perante uma realidade que nem há recurso para uma gestão correcta para fazer
manutenção aos hospitais, lamentou o Político que considerou alguns hospitais
como autênticos centros de matança como soe dizendo, aventou.
POLÍTICO DEFENDE UMA CONSOLIDAÇÃO DE UM AMBIENTE ECONÓMICO
SAUDÁVEL
“Como economista, primeiro é que não podemos pensar nas melhores condições do nosso País se não consolidarmos um ambiente económico saudável, porém devemos investir primeiramente na educação, ela é a base de tudo e depois mobilizar investidores para efectivamente através da melhoria do ambiente de negócio trazerem cá no nosso país o seu capital e nos ajudar na industrialização” defendeu o Político que de seguida apresentou outra preocupação que tem que ver com a potencialidade do petróleo bruto que extraímos e paradoxalmente importa-se o combustível, queixou - se Manuel Fernandes.
“Desta forma eu considero como um erro de estratégia
económica e aproveito citar os recursos minerais que Angola possui a exemplo do
Namibe que é uma província pesqueira, turística e com pedras ornamentais, nesse
quesito temos de mobilizar no âmbito da diplomacia económica investimento para
esta região e o mesmo se pode reflectir também na província do Moxico que com
as suas riquezas podemos aproveitar de forma positiva e reflectir na vida do
cidadão” incentivou.
DEFENDEMOS REDUÇÃO DAS TAXAS TRIBUTÁRIAS
Ao reduzir - se as taxas tributárias vai fazer com o que os produtos importados não sejam tão caros, fazer com o que o cidadão não tenha cada vez mais dificuldade de aceder aquilo que ele necessita para o seu bem-estar social e se por acaso o governo consiga consolidar a produção nacional do ponto de vista alimentar e não só bem como matérias para bens e serviços, assim só se vai importar aquilo que é necessário, defendeu o Político que continuou dizendo que de nada adianta receber divisas das vendas dos nossos recursos e depois sairmos para comprar os alimentos básicos. “Se a gente não consolidar a produção nacional, e substituir as importações pela produção nacional e do mesmo modo não conseguir reservas internacionais líquidas bastante, assim não vamos conseguir estabilizar a nossa moeda e vai continuar a ser depreciada”
Insistindo na mesma afirmação, o nosso
entrevistado disse mesmo que de nada vale receber tantos milhões de kwanzas e
isto não satisfazer as necessidades das famílias angolanas em por exemplo 15
dias, pois os salários devem ter um peso aceitável para acudir as necessidades
das referidas famílias.
SOBRE A NOVA DIVISÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA
Questionado sobre a nova divisão político administrativa, o presidente do Palma Nova Angola referiu-se sobre a necessidade de se canalizar uma atenção especial às zonas mais recônditas nas Províncias ora criadas, pois é aí atesta o entrevistado onde se pode conferir uma vida com qualidade daquele cidadão e não concentrar somente nas vilas.
Manuel Fernandes falou também da condição de vida do povo camponês que muitas vezes vivem em condições precárias tendo em conta a desorganização por si só uma vez que o próprio não consegue planificar a sua vida económica.
“Este
camponês dorme no chão, toma banho no rio, anda rasgado, cozinha nas lenhas,
não vê TV e se calhar não ouve rádio” denunciou “A independência nacional só
nos trouxe um Presidente preto, um hino nacional e uma bandeira se comparado no
tempo do colono onde nas aldeias as populações tinham a sua disposição
cantinas”, exemplificou para dizer posteriormente que “devemos ser o dono dos
nossos destinos e isto verifica-se na melhoria da qualidade da vida ou na
cozinha das famílias apostando igualmente na formação dos cidadãos e não nos
betões”, enfatizou o Político.
MERCADO DE TRABALHO
O Presidente em exercício do Palma Nova Angola apontou o dedo
as políticas voltadas aos estudantes que terminam o ensino superior já que
segundo o Politico há muitos licenciados e mestres que não são absorvidos no
mercado de trabalho e lamentou a procura de emprego destes no serviço geral
vulgo empregados de limpeza aquando da realização do concurso público para se
tornarem trabalhadores deste sector.Segundo Manuel Fernandes isto demonstra uma
crise clara, um contraste, daquilo que é o potencial económico do país, por
isso quem nos governa deve assumir que falhou completamente, disse.
“Lamentavelmente, estamos perante há um neo - colonização, apenas saiu um
Branco e estamos a ser colonizados por um irmão e isto é mais grave, é pior,
nem tem sensibilidade de olhar aos seus concidadãos e condoer -se com a dor dos
mesmos.”
APRISIONAR -SE AO PODER É UMA MATRIZ AFRICANA
A semelhança do que se assiste na maioria dos países
africanos onde há sempre tendências de se agarrar ou estar apegado ao poder,
constituiu também uma das preocupações de Manuel Fernandes que considera a
manutenção da pobreza na sociedade como uma estratégia para garantir o poder
porque sabe -se que um cidadão pobre é vulnerável, quando o cidadão é pedinte
não é dono de si mesmo, esclareceu o responsável.
UM VERDADEIRO ESTADISTA NÃO COMPRA CASAS NO EXTERIOR
Para Fernandes um verdadeiro estadista deve criar as
condições internamente e abarcar todos cidadãos e isto servirá de sinais para
as novas gerações, tornar num País bom de ser viver, citou o Presidente em
exercício do Palma que diz por outro lado que o MPLA deixará marcas de ter
empobrecido o País, de ter tirado dinheiro daqui para fora, de não ter
consolidado um ensino de qualidade dentro do quadro das novas tecnologias, até
porque a desculpa de guerra não colhe, pois temos paz no País há 23 anos e
temos que trabalhar as mentes das pessoas, referiu.
NA EVENTUALIDADE DE MANUEL FERNANDES DIRIGIR ANGOLA
Nessa sensível abordagem, Manuel Fernandes não deu voltas ao
ser questionado sobre o assunto e prontamente respondeu:“Se eventualmente nos
derem o País para governar, a nossa atenção vai recair no quadro salarial dos
trabalhadores duma forma geral, temos de pagar bem o cidadão para que amanhã
não esteja apetecível a ter que abocanhar aquilo que é do erário porque se
alguém ganha bem como por exemplo os da AGT, e se ainda assim roubar deve
merecer uma boa cadeia”.
O Político alertou também que não se deve pensar só na elite governativa mas sim no cidadão, dai que no organismo público tem que se garantir um bom salário e promover o empresariado robusto e competitivo para corresponder com a demanda da concorrência e conferir postes de trabalho e bom salário aos funcionários para que a economia se torne eficaz porque uma economia só funciona quando tem uma classe média robusta pois é essa classe que procura os bens e serviços do quotidiano, acrescentou.
O Dirigente vai mais
longe dizendo que mesmo ao nível de ambiente de negócio, muitos investidores
podem não aceitar investir num País em que o cidadão não tem o poder
aquisitivo, e assim quem vai comprar os serviços, interrogou, pois deste modo
não convêm investir, ressaltou Manuel Fernandes. Olhando para o FMI (Fundo
Monetário Internacional) Manuel Fernandes recordou a figura de José Eduardo dos
Santos que resistiu as politicas protagonizadas por este organismo
internacional em não aceitar as dívidas diferente da posição de João Lourenço
que recebeu de mãos abertas o jogo cujos efeitos estamos a sentir actualmente.
“O FMI só quer saber do retorno do seu dinheiro e isto
promove o desemprego já que as taxas de júri são muitos elevados”.
VANDALIZAÇÃO E PILHAGEM NO PAÍS
O Responsável do Palma Nova Angola reprovou também os actos de vandalismo e pilhagem protagonizados por jovens que atingiu em algumas províncias do País sendo Luanda o epicentro.
De acordo com o nosso entrevistado isto só leva desemprego aos jovens e importante frisar aqui que todos somos vítimas de um sistema ou de uma má governação.
O Presidente da Republica, João Manuel Gonçalves Lourenço não sabe prever, age apenas como um bombeiro e ao invés de olhar para as causas olha apenas pelas consequências. Prosseguindo com as suas abordagens, o executivo tinha de se responsabilizar com as vítimas mortais e desta forma fica-se perante a um quadro de assassinato uma vez que as autoridades policiais não agiram na proporcionalidade.
“As pessoas estão a morrer de fome, estão a passar mal, não há refeições completas do dia, e de quem é a culpa, é obviamente daquele que governa o país” rematou.
POLITICAMENTE
O PAÍS ESTÁ COMPLICADO
Um País segundo o homem forte do Palma só pode estar bem ou
saudável politicamente se o princípio das leis forem observadas por todos e
aqui as leis só são boas quando favorecem o interesse de um, por isso é que a
discussão voltada ao pacote eleitoral diz o entrevistado não vai trazer
novidades “vamos continuar com as reclamações mesmo depois das eleições,
todavia a fraude não decorre só no dia do pleito “.“E aqui aproveito lamentar
aquilo que eu considero como quarto poder, nesse caso os órgãos de comunicação
social que estão no “cafrique” do regime”.
“Muitas vezes eu realizo conferência de imprensa, chamamos os
órgãos de informação estatal e não passam as verdades e isto é uma vergonha, é
mau para democracia, liberdade de expressão. Quem deve ser responsabilizado
deve ser eu, pois eu sou o dono das minhas afirmações e não o órgão” desafiou.
ANGOLA NÃO PODE CONTINUAR REFÉM DA UNITA E DO MPLA
Na recta final da entrevista o nosso interlocutor disse que
Angola é de todos nós, e o princípio da angolanidade deve ser o guia e o acesso
das oportunidades de angolanidade deve ser o princípio da consolidação e no
desenvolvimento da nossa nação e não no cartão do militante.
“ É o quadro real que temos e acreditamos que um dia pode ser
ultrapassado embora reconheçamos não ser fácil porquanto hoje com o surgimento
da imprensa digital as novas tecnologias que colocam o mundo a disposição do
cidadão leva a nova geração a ter uma visão diferente, então será difícil
moldar de forma dócil a consciência dos jovens e isto é o que amanhã vai compensar
todo mal que se viveu hoje da alienação mental para uma juventude mais robusta
e mais dinâmica e visionária”.
ENQUANTO NÃO SE RESOLVER O PROBLEMA DA FOME NO PAÍS NÃO
HAVERÁ ESTABILIDADE SOCIAL
No entender do Político, acabar com a fome e conferir a estabilidade social deve ser a tarefa do titular do executivo, embora ressalta por outro lado que a liderança de João Lourenço que já caminha há 8 anos não conseguiu dar resposta à população, então não se acredita que nesse pouco tempo que falta que irá dar uma solução significativa.
“E peço ao cidadão durante o pleito
eleitoral de 2027 que não ajam com emoção, que façam uma retrospectiva dos 50
anos de independência, observem a realidade que estamos a viver hoje para
decidir quem irá governar Angola nos próximos anos, precisamos de um líder
visionário que tira o país do contexto que se encontra, e o bom líder não se vê
pelos seus discursos mas sim pelas acções” advogou.
ÁFRICA SÓ VAI DESENVOLVER QUANDO CONSEGUIRMOS TER SUCESSOS
NAS ENGENHARIAS
Uma das fórmulas para se ver a evolução e desenvolvimento do
nosso País é apostar seriamente nas engenharias uma vez que estas ferramentas
gerem o desenvolvimento e trazem a invenção das tecnologias, considera Manuel
Fernandes que atesta que o continente africano só vai desenvolver quando
conseguirmos ter sucessos nas engenharias e que Angola deve deixar de ser um
mercado de consumo para se tornar um mercado produtor e exportador mas para tal
é necessária uma competência governativa.
ENTRE PARTIDO E COLIGAÇÃO
“O Palma está a renascer, é um
partido político que desde a sua criação sempre trabalhou em coligações, pois
como sabe as coligações têm as suas desvantagens e nessa perspectiva temos que
promover a coligação ao invés do partido, porque é ela que participa às
eleições, e no âmbito da nova dinâmica da coligação entendemos que é importante
dar vida aos partidos. Porque uma coligação eleitoral não é apenas junção de
sigla mas é a conjugação de esforços e energias das forças políticas que
corporizam a mesma coligação assim sendo temos que aparecer com mobilização e
estamos a fazer esse trabalho “ finalizou.
Por outra, o Dirigente informou que não podem ser reféns
sobre a participação nas eleições através da opinião ou da disposição dos
outros, para ele deve haver uma preparação para se estar a altura de ir às
eleições para que no âmbito da conjugação de esforços e da concertação se possa
ver o que é melhor com outros partidos através de uma coligação e esperar que
os objectivos sejam concretizados e nos tornamos uma coligação forte,
explicou. “Hoje o Palma é um partido dinâmico, activo no panorama político com
quadros competentes, dinâmicos e patriotas que pensam no País.
“Aproveito os vossos microfones para lançar um apelo de fé e
esperança aos nossos concidadãos, é preciso pensarmos diferentes e conferir
oportunidade a outros actores experimentarem também a sua competência em frente
dos destinos desse país e em 2027 exerçam o voto de escolha com consciência e
oxalá o nosso instrumento de partido possa conferir essa realidade aos angolanos
ou o areópago de partidos que eu estiver vinculado nas próximas eleições”
Concluiu.
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