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Angola no debate das Nações Unidas sobre segurança marítima

Angola participou, segunda-feira, no debate de alto nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre “Segurança Marítima: Prevenção, Inovação e Cooperação Internacional para Enfrentar Desafios Emergentes”, em Nova Iorque.

Segundo uma nota, enviada ao JA Online, o Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, Francisco da Cruz, esteve no certame e destacou que Angola possui uma longa zona costeira, facto que tem permitido ao país participar activamente em iniciativas de resposta às ameaças à segurança marítima ao longo da costa atlântica, especialmente no Golfo da Guiné.

A título de exemplo, lembrou que, em Outubro de 2015, em parceria com os Estados Unidos e a Itália, organizou a Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética, que reuniu mais de 400 delegados de 34 países de todo o mundo, onde foi adoptada a "Declaração de Luanda".

Trata-se de um documento que incentiva uma maior complementaridade estratégica e cooperação para rastrear, dissuadir e responder eficazmente a incidentes de pirataria no Golfo da Guiné.

Simultaneamente, o diplomata apontou três acções fundamentais para reforçar a cooperação internacional e garantir uma melhor coordenação da segurança marítima, tais como a harmonização dos quadros jurídicos entre os Estados para colmatar as lacunas jurídicas e garantir uma acção penal consistente e eficaz, evitando assim que os infractores escapem à justiça.

Em segundo lugar, abordou a necessidade do aumento do financiamento para apoiar os parceiros regionais na aquisição de novas tecnologias, como drones e imagens de satélite, e no aperfeiçoamento das capacidades de comunicação para fornecer actualizações em tempo real e aumentar a eficácia dos mecanismos de resposta marítima.

Como terceira acção, sugeriu a renovação do compromisso com acordos multilaterais que permitam operações conjuntas de segurança marítima, em conformidade com o Direito Internacional do Mar e o respeito pela soberania dos Estados.

Referindo-se ao Pacto para o Futuro das Nações Unidas, adoptado, em Setembro de 2024, recordou que o documento apela aos Estados-Membros para que intensifiquem a cooperação em todos os níveis para combater as ameaças marítimas e promover a partilha de informações e o desenvolvimento de capacidades no âmbito do direito internacional.

Assinalou, ainda, que a Estratégia Marítima Integrada para África 2050 da União Africana (Estratégia AIM 2050) é um quadro abrangente para construir a coordenação regional entre os Estados costeiros e insulares africanos para promover a utilização sustentável do domínio marítimo africano, pode ler-se.

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