A dirigente angolana e membro do Comité Central do MPLA, Marcela Bessa, anunciou a sua renúncia à militância no partido e a todas as posições que ocupava. A decisão foi formalizada através de uma carta entregue ao Comité Provincial do MPLA, oficializando a sua saída.
Médica de profissão, Marcela Bessa era também membro do Comité Nacional da Organização da Mulher Angolana (OMA) e do Comité Provincial de Luanda, onde desempenhava tarefas relacionadas com questões do gênero. Em Dezembro passado, manifestou a intenção de abandonar a sua posição no Comité Provincial, justificando a decisão com uma possível mudança para a província do Cuando Cubango, onde o seu esposo, também médico, exerce a sua actividade profissional.
No mês de Março, Marcela Bessa foi vista ao lado do irmão, Júlio Marcelino Vieira Bessa, durante o congresso do recém-legalizado Partido Iniciativa de Cidadania para o Desenvolvimento de Angola (CIDADANIA). No entanto, não há informações que confirmem se a sua presença no evento foi motivada por laços familiares ou por razões de militância.
Desde que João Lourenço assumiu a liderança do MPLA, esta é a primeira vez
que um alto dirigente do Comité Central renuncia à militância no partido no
poder. Antes da sua saída, Marcela Bessa ocupava o cargo de Secretária do
Departamento para os Assuntos Económicos e Sociais do MPLA em Luanda. A sua
trajectória política inclui contribuições relevantes tanto no partido (Comité
do Belas) como no aparelho do Estado, consolidando-se como uma figura influente
na política angolana.
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