Os aviões que operam no Aeroporto Internacional Agostinho Neto (AIAN), como voos domésticos da TAAG, são obrigados a fazer a revisão técnica obrigatória "pós-voo" no "Aeroporto 4 de Fevereiro" por falta de condições técnicas no "Km 30".
Redacção
Numa frequência entre um a dois voos, as aeronaves pousam no
AIAN, no Quilómetro 30, e depois, já sem passageiros, levantam voo em direcção
ao "4 de Fevereiro" para a manutenção de equipamentos técnicos no
AIAN.
A revelação é de Hélder Preza, consultor técnico independente do sector, que já foi PCA da TAAG no primeiro mandato de João Lourenço, e gestor da ENANA, do INAVIC e secretário de Estado dos Transportes.
A mega estrutura do AIAN, que deve operar a 100% a partir do
primeiro dia de Junho, previsões que Hélder Preza "desconfia", está
ainda sem oficinas de revisão pontual de aviões. Hélder Preza mostrou-se
estupefacto com a "ida e vinda" de aviões do "30" ao
Cassequele para manutenção, a faltar menos de dois meses para a
"descontinuação" do "4 de Fevereiro".
Antigo gestor público
receia que AIAN seja um "elefante branco"
O Aeroporto Internacional Agostinho Neto (AIAN, na sigla do
interland geográfico mundial) pode ser um "elefante branco."
A afirmação é do ex-presidente do conselho de administração
da TAAG, Hélder Preza.
Figura nacional de renome na gestão aeroportuária, navegação
e aviação civil, Hélder Preza afirmou que o Estado angolano não vai recuperar,
num período entre 10 e 20 anos, o investimento feito, por conta das extensas
estruturas dimensionadas para o aeroporto.
Antigo gestor da ENANA, do INAVIC, e secretário de Estado dos
Transportes, Hélder Preza é dos poucos angolanos que percebe de gestão de
aeroportos, aviação civil e de navegação aérea. Actual consultor sénior do
sector, Hélder Preza mostrou-se receoso que, em 1 de Junho deste ano, o AIAN
esteja em condições de acomodar todos os serviços instalados ainda no AIL,
depois do adiamento em Novembro último. Hélder Preza revelou que empresas
gestoras aeroportuários internacionais de referência mundial não sinalizaram
qualquer interesse no concurso público internacional promovido pelo governo
angolano para gerir o AIAN.
Resultado, segundo ele, por ter falhado o "namoro"
de empresas gestoras de aeroportos como o do Dubai, Qatar, Tailândia, uma
empresa nacional prepara a já de si longa "migração" anunciada do AIL
para o "Km 30".
Em tom jocoso, Preza comparou a dificuldade que o governo
enfrenta para atrair um gestor internacional de ronome com a de alguém com
capacidade para gerir um hotel de 15 quartos, e que se vê diante de uma
prpoposta para gerir um hotel de 500 quartos. "Comigo, nem que fosse uma
oferta aceitaria."
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