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Quatro pontos para solução na RDC - Karl Manuel Sarney Mponda

 A solução não está nos acordos ou mediação nem mesmo na guerra Ruanda pode aparecer pequeno mais tem poder o Congo tem uma solução e esta solução está em Kinshasa.

MOBUTU tinha dito : aprés moi c’est le déluge ; depois de mim haverá dilúvio! Tragam o corpo do homem de volta em Kinshasa! Uma liberação dos estrangeiros para um Estado independente nunca foi boa pois termina sempre na realidade do triângulo de Karpman ( quem te estende a mão para ajudar te hoje, tornar-se-á o futuro opressor!

O Laurent Désiré Kabila, mal preparado para dirigir o Zaire cometeu vários erros , os mesmos erros de todos os africanos : quando se chega no poder a ideia é destruir tudo o que se encontra da antiga administração! Na queda de Mobutu, James Kabarege oficial ruandês já foi uma vez Chefe de Estado maior das forças armadas do Congo, Kabila nunca trouxe a Paz, mas sim problemas. Quem disse que deviam devolver o nome de Congo ? Não sabem que este nome significa praga para aquele território?

Antes de tudo, os belgas tinham errado ao chamar aquele território de Congo belga, o vasto território que existe nunca foi parte do Reino do Kongo, apenas pequena porção de uma região chamado hoje Kongo central antigamente chamado por Bas-Zaire , pertencia ao Reino do Kongo ou logicamente falando devia pertencer a república de Angola , pois a capital do Reino Kongo encontra-se em Angola : Mbanza a Kongo!

PRAGA

DE 1960 a 1965 o País era chamado República Democrática do Congo e foi justamente neste período de tempo em que o País viveu o déjà vu do que estamos a viver hoje ; o País viveu momentos turbulentos, guerras, cessações, guerras tribais um caos total, e ninguém tinha esperança de quando ia acabar os conflitos no País ; esta angústia levou o presidente Mobutu a pronunciar a famosa frase : “…s’ilfaut fair des accord avec le diable ont le ferá et le Congo restará indivisible …”.

Em 1967 funda-se o MPR ( Movimento Popular para a Revolução ) Partido -estado este descobre que para manter a paz o nome Congo devia ser removido , o Manifesto de Nsele escrito por vários políticos e intelectuais da época , buscam um novo nome baseando-se no rio “Nzadi” e com fantasia adoptou-se o nome ZAÏRE ( com um sabor alemã usando o i de duplos pontos ).

Em 1970 oficializou-se tudo como ZAÏRE ( La Republique du Zaïre) e o País conhecerá um longo período de paz inigualável, apesar de tentativas do nosso antigo governo sob Agostinho Neto de armar rebeldes katangues para fazerem distúrbios naquele País vizinho ações que foram repudiadas na famosa guerra de oitenta dias , ( la guerre de 80 jours).

Desde lá o País conheceu grandes momentos na cultura, música , política, identidade africana , imagem e muito mais até o ocidente decidir destruir tudo e em 1997 tudo o que se tinha acabou por ser destruído e chegou ao poder Laurent Desiré Kabila, sem projeto de Estado sem visão no que seria o grande Zaïre, e decidiu devolver o nome Congo democrático e desde aquele momento até a data presente vive-se o mesmo que se vivia nos anos 1960 a 1965, guerras intermináveis, conflitos desnecessários, o nome Congo traz sua praga de volta naquele País !

As propagandas ocidentais dos belgas e outros sob corrupção e roubo de dinheiro por Mobutu , hoje tem um outro olhar pois parece que Mobutu ao falecer levou consigo as fontes de dinheiro pois o País está de mãos estendida a China e outras partes.

SOLUÇÃO PARA O CONGO

Será em vão enviar contingentes de militares irem morrer nas batalhas do oeste do Congo , já vão 28 anos de insegurança naquele País, não há razões para as armas o que se vive lá é a realidade da pirâmide de Karpman, e a falta de reconhecimento histórico como povo Bantu, na época de Mobutu nunca se ouviu falar de banhamurenge ou Ruandeses infiltrar no Zaire e as regiões de Kivu, Manyema e Kisangani sempre foram as regiões de paz!

Desfilar em diplomacia falar de paz no Congo, é gastar kerosene desnecessariamente, não haverá paz sem os dirigentes congolês, não olharem para si mesmo e decidir e realizar 4 pontos:

1- Reconhecer todo o cidadão que vivem nas terras e regiões fronteiriças com Ruanda , como cidadão nacional não importa as aparências físicas, pois somos vítima da conferência de Berlin nossas fronteiras dividiram mesmos povos , mesmas tribos , mesmas etnias nos foi dado às fronteiras sem consultar nossos Reis nem nossos anciões , os congoles devem voltar no slogan de Mobutu : tata bo moko, mama Bo moko, eloko bo moko… o Congo Dermocratico0 deve tomar as mesmas considerações que tem tido com os Bakongo daquele País pois os Bakongo estão em Angola e no Baixo Congo e nenhuma vez os bakongo do Baixo Congo foram tratados por angolanos , os os Chokwe do Katanga serem tratados por Angolanos , então cada cidadão não importa a sua aparência se vive nas regiões de Kivu e Manhema mesmo aparecer com nome de ruandês ou aparência deve ser considerado por congolês , a questão são as fronteiras , o músico Innoss' B tem aparência ruandesa e nasceu naquela zona de conflito seus irmãos tem totalmente aparência ruandesa mas eles são congolês ,

2 - Retirer de imediato o nome de República do Congo Democrático e devolver a República do Zaïre, e seus símbolos, pode ser algo quentíssima trazer à memória do ditador mas a verdade é que mesmo a Europa foi estruturada por ditadores, Napoleão Bonaparte, os imperadores romanos , os reis de Portugal, Espanha e Alemanha, alexandre o grande, tudo o que fizeram continua a dar a definição da Europa que seja ela geograficamente e historicamente, os feitos de Mobutu devem ser restabelecidos e aproveitados!

3 - como povo Bantu, um povo que mais conserva e considera as tradições africanas , um povo mais religioso de África , o Povo congolês na liderança do seu governo e na cabeça do chefe de estado que é 100% congolês a quem o Pai foi um dos fundadores do MPR e escritores do manifesto de Nsele, devem agora perdoar Mobutu e repatriar seu a restos mortais para o Congo e ter as cerimónias de chefe de Estado, anistiar todos que fizeram parte do antigo regime que sejam eles políticos , oficiais superiores de exército, soldados e muito mais.

4 - Devolver o hino nacional que trazia a grandeza; “…Zaïrois dans paix retrouvés, peuple uni, nous sommes des Zaïrois, en avant, fiers, pleins de dignité, peuple grand , peuple libre à jamais…” e esta mesangem que o Povo congolês precisa neste momento. Debout congolais ... vão sempre levantarem-se e ir lutar. Já imaginaram, Mobutu estava na beira da morte e se não houvesse a guerra de 1997 ou se houvesse a negociação entre AFDL e o MPR, o Ruanda não teria hoje o poder que tem sobre o Congo. Todos que ajudaram na queda de Mobutu, ninguém deles tem poder de negociar a paz pois indiretamente participaram na criação desta Situação!

 

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