Angola, nossa nação abençoada e cheia de potencial, celebra mais um 11 de novembro, o dia em que nos libertamos das amarras coloniais e assumimos o controle do nosso próprio destino. Neste dia, enquanto celebramos a nossa independência e os avanços alcançados, sinto a necessidade de compartilhar algumas reflexões sobre o caminho que devemos trilhar para construirmos um futuro verdadeiramente próspero para todos os angolanos, independentemente da sua etnia, origem, ou classe social.
Como membro do MPLA, o partido que tem governado esta linda nação desde a
independência, é fundamental que reconheçamos os desafios enfrentados e os
sonhos ainda por realizar. Governar um país é, antes de tudo, servir o povo — e
servir com justiça, transparência e coração aberto. Precisamos de uma Angola
onde todos os cidadãos se sintam incluídos, uma Angola em que a paz não seja
apenas a ausência de guerra, mas a presença de um bem-estar coletivo, que
permeie cada canto da nação, do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste.
É tempo de refletirmos profundamente sobre o significado de unidade
nacional. Esta unidade não deve ser apenas um slogan político ou uma palavra
bonita usada em discursos de campanha. Precisamos concretizar essa ideia em
políticas e ações que assegurem que todos os angolanos, independentemente da
sua etnia, raça ou origem social, sintam-se parte integrante da construção
desta nação. Devemos garantir que o filho de um camponês no Cunene tenha acesso
às mesmas oportunidades que o filho de uma família da elite em Luanda. A
verdadeira prosperidade de Angola só será possível quando deixarmos de dividir
os angolanos em classes de primeira e segunda, e abraçarmos um futuro de
igualdade de oportunidades para todos.
O Fim das Perseguições e das Desavenças Políticas
Vivemos um período em que é imperativo superar as divisões políticas e as
perseguições que ainda afetam o nosso país. A nossa geração já testemunhou
demasiadas lutas internas, demasiadas disputas que só servem para nos
enfraquecer enquanto nação. É tempo de estendermos a mão aos nossos
compatriotas, independentemente da sua afiliação política, e trabalharmos
juntos em prol de um objectivo comum: o progresso de Angola. Precisamos
abandonar a cultura de hostilidade e desconfiança mútua e abraçar o diálogo e a
reconciliação, com foco nas reais necessidades do povo.
Educação e Saúde para Todos
Para que Angola alcance o seu verdadeiro potencial, é essencial que
garantamos acesso universal à educação e à saúde de qualidade. Não é aceitável
que, em pleno século XXI, ainda tenhamos crianças angolanas que crescem sem
acesso à escola, ou que famílias sejam obrigadas a enfrentar longas jornadas
para encontrar cuidados médicos. A educação é a base de qualquer nação
desenvolvida; é o alicerce sobre o qual construímos o futuro. A saúde é a
segurança do nosso povo, e sem ela, não podemos falar de um desenvolvimento
sustentável.
Precisamos de investimentos robustos em infraestruturas educacionais,
capacitação de professores e ampliação dos serviços de saúde em todo o
território nacional. Desde o Álvares em Luanda até os mais remotos municípios
do Moxico, o acesso à educação e saúde deve ser garantido e igual para todos. A
criança que nasce numa aldeia do Bié deve ter a mesma chance de sucesso que uma
criança nascida em uma família privilegiada na capital.
Água, Luz e Saneamento: Direitos Fundamentais
Não podemos falar de desenvolvimento sem garantir que todos os angolanos
tenham acesso a serviços básicos como água potável, energia elétrica e
saneamento adequado. São direitos fundamentais que ainda não chegam a todas as
províncias e áreas rurais do país. Devemos implementar políticas públicas e
investimentos que acelerem a expansão desses serviços, alcançando até as
localidades mais distantes. Só assim poderemos eliminar as desigualdades
regionais e garantir uma vida digna para todos.
A Importância da Segurança e da Estabilidade
A segurança é a base de qualquer sociedade pacífica e próspera. Precisamos
garantir que todos os cidadãos se sintam seguros, tanto nas suas casas quanto
nas suas comunidades. A insegurança, seja por crime ou conflitos políticos,
corrói o tecido social e impede o desenvolvimento. O governo deve continuar a
investir em medidas que promovam a segurança pública, ao mesmo tempo em que
combate a corrupção e assegura a transparência nas instituições que protegem o
nosso povo.
Evoluir para um Futuro Melhor
Neste 11 de novembro, ao olharmos para o passado e celebrarmos a nossa luta
pela independência, devemos também olhar para o futuro com determinação e
esperança. Precisamos de um novo compromisso com o progresso e com a evolução
do nosso país. É hora de deixarmos de lado as divisões e abraçarmos o que nos
une: o desejo de uma Angola forte, justa e próspera.
Devemos continuar a construir um país onde cada cidadão tenha orgulho de
ser angolano, onde não haja espaço para desigualdades gritantes, e onde a nossa
diversidade seja vista como uma força, e não uma fraqueza. Um país onde todos
possam prosperar, não apenas alguns. Angola merece mais, e nós, como seus
filhos, temos o dever de garantir que esse futuro se torne realidade.
Conclusão: O Chamado à Acção
Angola está em nossas mãos. Temos o poder de transformá-la, de torná-la a
nação que sempre sonhamos. Que este seja um momento de reflexão e, mais
importante, de ação. Vamos evoluir e fazer de Angola um lugar onde todos, sem
exceção, possam viver com dignidade, paz e oportunidades reais. Vamos celebrar
este 11 de novembro com o compromisso de mudar o rumo da nossa história, com
coragem e sabedoria.
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