Um novo processo-crime contra o tenente coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA) está a ser “forjado” pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), sustentar a detenção de Daniel Neto, que cumpre a prisão preventiva há quase cinco meses, sem ser ouvido por um magistrado do Ministério Público (MP).
Segundo uma fonte geralmente bem posicionada, que
acompanha o processo envolvendo a disputa de terrenos com altas patentes da
Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), no Distrito Urbano
da Cidade Universitária, no município do Talatona, em Luanda, o actual processo
n.º 660/2023.MP/TLA, Município do Talatona, que deu origem à detenção do também
porta-voz das camponesas, não tem nenhuma sustentação, que desse origem à
privação da sua liberdade, mas tudo foi feito para acelerar com as obras da
usurpação das parcelas de terras, que a empresa Konda Marta alegada ser sua
propriedade.
Segundo as camponesas, se havida dúvida sobre o
envolvimento do agora exonerado ministro do Interior, Eugénio César Laborinho,
e do comandante da Polícia Nacional em Luanda, Francisco Ribas, na detenção do
director Daniel Neto bem como nos “maus-tratos” das camponesas, “ficou
dissipada quando o director-geral do SIC, que recebe orientações superiores do
ministro, determinou a formalização de um novo processo-crime”, em nome de uma
agente da Polícia Nacional, que responde pelo nome de Sebastião Fernando Manuel
António, ex-chefe da Fiscalização do Distrito Urbano da Cidade Universitária,
antigo homem do campo do então comandante municipal do Talatona, Joaquim do
Rosário.
A fonte adianta que o novo processo-crime foi enviado
recentemente à Procuradoria-Geral junto do Tribunal Provincial de Luanda, pelo
SIC-Luanda, com o ofício n.º 11171/2024-B2709-2024-07836-2024.
“Tendo em conta a letra B, o processo remetido pelo
SIC-Luanda foi remetido à Procuradoria Geral da República junto do Tribunal de
Catete, no Icolo e Bengo, que vendo muitas irregularidades no processo devolveu
o mesmo processo à PGR do SIC Luanda, que o tinha instruído para que efectuasse
mais diligências com vista a sustentar mais acusações as acusações”, disse.
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