Onde estava a polícia que frequentemente pode ser vista a patrulhar a área onde o crime aconteceu? - Questiona Quitéria Guirengane.
A capital moçambicana, Maputo, "cheira a morte (...)
e parece uma cidade que acaba de vir de um velório do seu próprio país" é
como o jornalista Luís Nhachote descreve a capital depois do assassinato de
Paulo Guambe, mandatario do partido Podemos e Elvino Dias, conselheiro jurídico
do candidato presidencial Venâncio Mondlane - na madrugada de sábado, 19.
Neste final de semana, várias pessoas passaram pelo local do crime para prestar uma homenagem e lamentar a brutalidade.
Alguns que vivem nas imediações partilham o que aconteceu na fatídica noite -
um deles, sem dizer o nome, contou que a Polícia fez-se ao local cerca de uma
hora depois e terá recolhido e destruído o telefone de uma senhora que havia
filmado o ato.
Homenagem à Elvino Dias, conselheiro jurídico do
candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário do Podemos, Paulo
Guambe.
"Onde estava o
Mahindra?"
A ativista social Quitéria Guirengane lamenta o assassinato de Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário do Podemos, Paulo Guambe.
Guirengane questiona onde estava a polícia, que frequentemente pode ser vista a
patrulhar a área onde o crime aconteceu, em dias normais. "Onde estava o
Mahindra (...) e as câmaras de segurança?"
Nhanchote também estranha a demora da polícia para
prestar apoio, e acrescenta que isso só vem piorar a imagem da Polícia da
República de Moçambique (PRM) que já está manchada, devido à vários episódios
similares e uso excessivo da força em protestos.
O Ministro do interior, Pascoal Ronda, pediu colaboração de todos para esclarecimento do crime e apelou para a celeridade nas investigações, depois de a Polícia da República de Moçambique (PRM) ter apontado causas conjugais como a causa.
Venâncio Mondlane acusou, no sábado, 19, as Forças de Defesa e Segurança de
Moçambique de serem responsáveis pelas mortes, informou que a greve convidada
para segunda-feira, 21, "está marcada e reafirmada" e avisou a
polícia para não perturbar a manifestação.
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