A província do Huambo colheu, na campanha agrícola 2023/ 2024, um total de 148.740 toneladas de milho, produzido pelos camponeses do sector familiar. A safra está a ser escoada em vários pontos do país, com destaque para as províncias de Luanda, Benguela, Moxico e Huíla.
O dado provisório foi revelou o chefe do Departamento da Agricultura, do Gabinete Provincial da
Agricultura, Pecuária e Pescas, Anaz Vidro, tendo indicado que, apesar do
cereal ser produzido em todo o território do Huambo, o maior destaque vai para
os municípios do Mungo, Bailundo, Londuimbali, Caála, Longonjo e Chicala
Cholohanga.
No período em referência, lembrou também que foram
produzidas mais de 1.606 toneladas de soja, um produto cultivado em quase todos
os municípios, por famílias, cooperativas e associações de camponeses.
O chefe de Departamento da Agricultura, Pescas e
Pecuária, Anaz Vidro, manifestou por outro lado que, nesses dados provisórios,
ainda não constam do sector empresarial, porque não foram divulgados.
O responsável admitiu existir a nível da região, um
aumento significativo de produção de milho e soja, fruto do esforço do
Executivo, na criação de projectos de apoio às famílias camponesas.
Condições criadas
Por outro lado, o gestor adiantou estarem criadas as
condições necessárias, para a abertura da próxima campanha agrícola 2024/ 2025,
com a previsão de superar a produção passada, pelo facto de o sector, por via
do Ministério da Agricultura e Florestas, ter já prontificado apoios aos
produtores, com a distribuição de centenas de toneladas de fertilizantes,
sementes de milho, soja e outros inputs agrícolas.
Os insumos vão possibilitar alargar as áreas de
cultivo, visando garantir o fomento agrícola e melhorar as condições de vida
das famílias.
Ampliar a área de cultivo
O produtor de milho e soja Angelino Kuvelela
Francisco, proprietário de um projecto agrícola na aldeia de Ngulawa, comuna da
Calima, município do Huambo, colheu e comercializou mais de sete toneladas de
soja e dez de milho, além de se dedicar igualmente no cultivo de feijão, apenas
num espaço de 2 hectares.
Em declarações à nossa reportagem, o jovem agricultor
disse que este ano, beneficiou de um financiamento de 26 milhões de kwanzas, da
linha de crédito do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial
(PDAC), destinado ao fomento da produção agrícola, o que lhe vai possibilitar
ampliar o campo para 12 hectares, o que vai permitir aumentar os níveis de
colheita, já que a cultura de milho, feijão e soja é o seu forte.
O valor recebido, informou, vai permitir formar uma
fazenda e atingir os níveis de colheita pretendidos, sobretudo na produção de
mais alimentos, assegurando a criação de empregos aos jovens da comunidade do
Ngulawa.
O jovem agricultor acredita que o PDAC, gizado pelo
Executivo angolano, por via do Ministério da Agricultura e Florestas, é
bem-vindo, pelo facto de privilegiar a revitalização das pequenas e médias
empresas e cooperativas, voltadas à produção interna, com vista a diversificação
da economia.
Para além da produção de cereais, tem o desafio de
investir igualmente nas hortícolas, olhando para a realidade do agro-negócio.
Angelino Kuvelela Francisco começou com o processo de
produção de milho e soja em 2020 e o financiamento do PDAC, serve para
alavancar os níveis de colheita, com a aquisição de novos equipamentos como
moto-bombas, moto cultivadora, semeadores, sistemas de irrigação, charruas e
pulverizadores.
Para o próximo Ano Agrícola, o produtor disse que
pretende investir mais e colher 12 toneladas de soja e ultrapassar as 60 de
milho.
Angelino Francisco Kuvelela revelou que, para além do
financiamento do PDAC beneficiou, igualmente, de um crédito de 18 milhões de
kwanzas, do Banco de Fomento Angola (BFA), o que lhe garante um ano agrícola
folgado, com o foco de maior produção, uma vez que já tem inputs preparados,
para o arranque dos trabalhos.
Angelino Kuveleva Francisco manifestou o desejo de
produzir mais e com qualidade, para fornecer os seus produtos em vários mercados
de consumo.
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