Um inspector do Serviço de Investigação Criminal de Luanda, Dickson Da Silva “Malária”, acusado de ter matado em Abril o seu colega de nome Alberto Joaquim Bula, mais conhecido por “Betangó”, foi recentemente transferido para trabalhar na província da Luanda-Sul. Em meios que acompanham o assunto sobrassem reparos de que esta transferência serve para esconder alegados crimes cometidos pelo mesmo.
Até então ligado à área das execuções do SIC no município de Viana, Dickson da Silva “Malária”, e o falecido Alberto Joaquim “Betangó”, enfrentavam um processo judicial por terem assassinado no dia 25 de fevereiro de 2023, um jovem Domingos de Oliveira Pedro, 26 anos, recorrendo a práticas de tortura. Ou seja, Dickson perfurou as veias dos pés do falecido, causando hemorragia até à morte.
Depois de denunciados, o agente “Betangó”, foi detido por alguns dias e Dickson Da Silva “Malária”, mantido em liberdade, uma vez que tem a reputação de gozar da proteção de um superior hierárquico, Lourenço Ngola Quina, com quem o mesmo trabalha no departamento dos crimes violentos.
Na sequência de relatos de que “Betangó”, estaria a se sentir sob pressão de acarretar sozinho o peso da morte de Domingos de Oliveira Pedro, o inspector Dickson da Silva, que foi o autor moral do assassinato, passou a sentir-se inseguro e sem garantias de que o seu o pudesse proteger diante do Juiz.
Em Abril, o inspector Dickson da Silva, levou o colega “Betangó”, para irem
beber algures na zona de Luanda Sul, em Luanda.
Depois de terem sido vistos, surgiu na madrugada do dia seguinte a informação de que “Betangó”, “morreu na madrugada desta quarta-feira, 24, na estrada direita de Calumbo, junto às bombas da Pumangol, Zango 1, durante colisão entre um Toyota Hiace e uma motorizada”.
Dickson Da Silva, o colega, passou a ser apontado como o principal interessado
pela morte de “Betangó”, já que enfrentavam em tribunal processo pelo
assassinato de Domingos de Oliveira Pedro, no ano passado. “Ele matou o
“Betangó” para que o malogrado não pudesse explicar em tribunal sobre a morte
de Domingos Pedro e ainda por cima levou-o para uma área sem câmaras de filmar
que só os agentes do SIC conhecem para não deixar pista”, conforme descreveu
uma fonte.
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