Operação de paz na República Democrática do Congo revela prontidão para apoiar o entendimento; Luanda acolheu reunião de chefes da diplomacia dos dois países envolvidos como parte do processo mediado pelo líder angolano, João Lourenço.
Angola anunciou um acordo de cessar-fogo alcançado entre a República
Democrática do Congo, RD Congo, e o Ruanda. Horas depois, nesta quarta-feira,
as Nações Unidas saudaram a presidência angolana por mediar o entendimento que
começa a valer em 4 de agosto.
O cessar-fogo será monitorado por um Mecanismo de Verificação ad hoc. A Missão da ONU na RD Congo, Monusco, já expressou prontidão para apoiar o entendimento observando o mandato da organização.
Em nota, o porta-voz da ONU destaca a expectativa de que o acordo crie
condições para diminuir as tensões entre as partes. O anúncio marcou a segunda
reunião dos ministros das Relações Exteriores de ambos os países, em Luanda,
com a mediação do presidente João Lourenço.
Outra esperança é que o acordo permita o retorno seguro dos deslocados
internos às suas casas. A organização estima que mais de 1,7 milhão de pessoas
vivam nessa situação somente na província do Kivu do Norte. Em todo o país,
mais de 7 milhões de congoleses foram obrigadas a deixar suas casas devido a
confrontos.
As Nações Unidas reiteram ainda seu apoio aos esforços liderados pelo
presidente de Angola através do processo de Luanda, e incentiva as partes a
respeitarem seu compromisso com a restauração da paz e da estabilidade no
território congolês.
Dados da organização indicam que no país, rico em recursos minerais e
marcado por três décadas de conflitos, atuam mais de 120 grupos armados,
incluindo o M23 ativo no leste.
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