A delegação angolana aos Jogos de Paris’2024 confraterniza, amanhã, às 13h00, na sede da representação do país em França, a convite da embaixadora Guilhermina Prata, em retribuição à cortesia da comitiva desportiva nacional, que, na última segunda-feira, recebeu a chefe da missão diplomática, na Vila Olímpica, seguindo-se a visita ao pavilhão de Angola, na Feira de África.
O convite visa, igualmente, apresentar
cumprimentos de despedida aos desportistas e dirigentes nacionais ainda
presentes na capital francesa, com o propósito de reforçar o encorajamento para
que continuem a trabalhar em busca da melhoria das performances, de modo a
atingir um melhor desempenho, em próximas competições internacionais.
"Achei que era oportuno encorajar os nossos
atletas a continuarem a esforçar-se, tendo em atenção que ainda são jovens, na
sua maioria. Portanto, haverá mais missões, mais Jogos Olímpicos, e eles, dada
a faixa etária em que estão, ainda poderão participar. Agora não se esqueçam
que temos de nos preparar melhor”, recomendou Guilhermina Prata.
Dado o contexto político, vivido actualmente no mundo,
com inúmeros conflitos armados, a embaixadora expressou o desejo de que a
presença das delegações desportivas em Paris, "esteja à altura de esbater
o clima de guerra, apelando-se à paz entre todos nós”, conforme recomendação
feita pelo Presidente da República, João Lourenço, na cerimónia de entrega da
Bandeira Nacional à missão aos Jogos Olímpicos.
Cooperação no desporto
Atenta ao desempenho da missão angolana, pelo
acompanhamento feito das competições, a diplomata manifestou, ainda, a
necessidade de Angola aproveitar o elevado nível de desenvolvimento de França,
de modo a estabelecer um acordo de cooperação no domínio do desporto.
"Como sabe, temos relações privilegiadas com a
França. Temos vários acordos de cooperação, nos vários domínios. Mas nós
podemos e temos o dever de fazer pontes, entre o nosso país e o Governo
francês, porque constatámos essa necessidade de cooperação específica, no
domínio do desporto. Que eu saiba, não temos nenhum acordo. Portanto, podemos
começar, a partir de agora. Podemos fazer os contactos, no sentido de se ver a
possibilidade de França e Angola estabelecerem, digamos, um acordo. Por
exemplo, a localidade de Chaumont, aqui a 3h30 de Paris, tem excelentes
infra-estruturas, e ofereceu-se a acolher as nossas Pérolas de África, na
preparação de outros eventos”, perspectivou Guilhermina Prata
Testes constantes
A parte clínica da presença angolana no grande
evento desportivo, que domingo termina na capital francesa, está a cargo do
médico Mário Fernandes, que em entrevista ao Jornal de Angola assegurou a
normalidade da representação do país, sobretudo pelo trabalho preventivo feito
de forma atempada.
"Começámos a acompanhar os atletas
pré-seleccionados para os Jogos, ainda antes dos estágios de preparação, numa
estreita colaboração entre o Comité Olímpico, a sua comissão médica, e o Centro
de Medicina Desportiva. Todos os aspectos que eram relevantes, em relação ao
estado clínico dos nossos atletas, foram tidos em conta, já na sua preparação
final”, esclareceu.
A recente presença de Angola, na lista de países sem
conformação com as normas antidopagem, levou a que os desportistas nacionais
fossem regularmente controlados: "Quase 100 por cento dos nossos atletas
foram testados e alguns várias vezes, durante a competição, num sinal de que
estamos de facto sobre o olhar do Comité Olímpico Internacional e da Agência
Internacional (WADA), por razões óbvias, na sequência dos problemas que
tivemos. Mas também podemos dizer que até agora não nos foi notificado nenhum
caso problemático. Estamos à espera do final, para depois recebermos o
relatório de todos os testes feitos à nossa delegação”, pontualizou Mário
Fernandes.
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