A “máscara grega” era é um acessório tradicionalmente utilizado no teatro da Grécia Antiga. Permitia aos actores mudar rapidamente de papel. Sobretudo aqueles que frequentemente representavam múltiplos personagens numa mesma peça.
O Presidente da República tem muitos actores de “máscara grega” à sua
ilharga. Representam também muitas personagens ao mesmo tempo e na mesma peça.
Tem de estar atento.
João Lourenço corre o risco de ser (re)negado por aqueles em quem
supostamente confia. Pedro também negou Jesus. Por três vezes! A diferença está
no facto de Jesus ter profetizado o episódio em que Pedro o renegava durante a
“Última Ceia Com os Seus Apóstolos”.
Os actores políticos à volta de João Lourenço são os mesmos (alguns, mas
quase todos) que fizeram parte do séquito do seu predecessor, José Eduardo dos
Santos. Já se sabe o que aconteceu no final. Pagaram com traição a pessoa que
sempre lhes deu a mão.
Os “máscaras gregas” não são política e moralmente decentes. Se fossem,
estariam a ser consumidos pelo arrependimento e vergonha pelo que fizeram ao
(ainda é?!) presidente emérito do partido no poder.
Eis a minha recomendação: Presidente João Lourenço, atenção ao baile das
máscaras. “Vigilância, vigilância Camarada”! Nem todos que estão consigo, estão
mesmo consigo. Dito de outro modo: Nem todos são nossos!
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