“Desconhecidos” é o título da exposição individual do artista plástico Dralton Máquina, que vai ser inaugurada, hoje, a partir das 18h00, no Palácio de Ferro, na Baixa de Luanda.
De acordo com a curadora Cristina Roça, em declarações
ao Jornal de Angola, a exposição vai oferecer ao público uma viagem apaixonante
pelas profundezas da existência, convidando à reflexão sobre as complexidades
do conhecido e desconhecido.
A mostra "Desconhecidos”, explicou, tem a
curadoria de Jamil Parasol Osmar, e o artista reúne 15 fotografias e um vídeo
arte, obras notáveis que transcendem as fronteiras de fotografias urbanas.
O curador admitiu que Dralton é um artista
visionário, que mergulha nas complexidades da psique humana, inspirando-se nas
suas próprias experiências, sendo um jovem que navega pela movimentada cidade
de Luanda.
O título da exposição, avançou, aborda as interacções
quotidianas em contexto urbano, onde a todo o momento o artista está rodeado
com os outros e com os quais não se relaciona.
"Junta-se a nós para a grande abertura desta
exposição transformadora e para desbloquear o poder do desconhecido requer
coragem, curiosidade e disposição de maneira que se abrace a incerteza”.
Técnicas fotográficas
Dralton Bráulio das Neves Máquina, ou simplesmente
Dralton Máquina, vive e trabalha em Luanda. A sua revelação aconteceu
durante a terceira Trienal de Luanda, em 2015, onde se juntou ao projecto logo
no início e permaneceu desde o primeiro até ao último dia do evento.
Foi no Palácio de Ferro, onde o artista aprendeu as
bases de tudo o que sabe até hoje. Durante muitas horas de gravações, edições
fotográficas e preparação de materiais promocionais, Dralton Máquina
tornou-se num grande artista fotográfico.
Ainda durante a Trienal de Luanda, o Palácio de Ferro
patrocinou a participação do artista na Bienal de Veneza, cidade da Itália, em
2017, e no Etimba Fest, na cidade das Acácias Rubra, em Benguela.
O artista já realizou várias coberturas fotográficas
em concertos de cantores de referências do music hall angolano e as
performances de Mussunda Nzombo. Muitos dos trabalhos feitos pelo artista foram
publicados nas páginas do "Jornal Cultura”, um dos títulos da Edições
Novembro, proprietário do Jornal de Angola.
O artista fez, igualmente, coberturas em actividades
realizadas pelo Goethe Institut, Embaixada de Espanha em Angola e Casa Museu
"Óscar Ribas”.
O artista decidiu explorar a realidade social, tendo a
sua fotografia intitulada "Leashed Poverty” fazer parte na exposição
"Salón Fotográfico del Sur Exhibition”, na Argentina, e, posteriormente,
no livro "Sur-Fotografía”, em 2020 na época da Covid-19.
Com estas participações, o artista levou uma imagem angolana
da pandemia a outros continentes.
No ano em curso, Dralton foi o fotógrafo escolhido
pela Alliance Française para participar no projecto "Inside Out-Rostos da
Francofonia”, uma iniciativa que levará rostos de Angola para França e ao
universo francófono.
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