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O KUMBU INVISÍVEL-ANDRÉ KIVUANDINGA

 O orçamento público desaparece misteriosamente na República da Politicuslândia, onde as artes da política rivalizam com as da magia, é intrigante saber se que o Orçamento público é Invisível. Este não era um artefacto mágico ou uma ilusão de óptica, mas sim uma peça central nas tramas e mistérios do governo.

 Tudo começa quando o rei, encantado com a ideia de ter um orçamento que pudesse se adaptar às suas vontades sem precisar dar explicações, convoca seus conselheiros mais astutos para discutir o Orçamento Invisível. A ideia é simples: ter um montante de recursos que só ele conhece e pode usar como quiser, sem prestar contas a ninguém.

A primeira vez que o Orçamento Invisível é mencionado na corte, causa um burburinho entre os conselheiros. Alguns acham que é uma piada, outros estão preocupados com a transparência e a responsabilidade fiscal, mas todos sabem que a vontade do rei é lei, mesmo que essa lei fosse invisível.

 As reuniões sobre o Orçamento Invisível são como rituais mágicos, com os conselheiros a tentar decifrar os enigmas deixados pelo rei sobre como ele pretende usar aqueles recursos ocultos. As conversas são repletas de metáforas e insinuações, já que ninguém ousa questionar abertamente a existência desse orçamento fantasma.

O povo da República, por sua vez, ouve rumores sobre o Orçamento Invisível e tece teorias sobre suas possíveis origens e propósitos. Alguns acreditam que é uma fonte secreta de financiamento para projectos grandiosos, enquanto outros vêem isso como uma forma de enriquecimento pessoal do rei e seus aliados mais próximos.

 A comédia se desenrola quando o rei, em seus discursos públicos, fala sobre a importância da transparência e da responsabilidade financeira, ao mesmo tempo em que sussurra aos ouvidos dos conselheiros sobre os poderes ocultos do Orçamento Invisível.

Os artistas de rua aproveitam retratar o rei como um mago ganancioso e os conselheiros como seus aprendizes deslumbrados. As canções de protesto ecoam pelas ruas, questionam a legitimidade de um orçamento que ninguém podia ver.

E assim, o Orçamento Invisível se torna parte da mitologia política da república, uma história que mistura realidade e fantasia, ilusão e poder. No final, ninguém sabe ao certo se o Orçamento Invisível é real ou apenas uma ilusão conveniente, mas todos concordam que é uma das muitas peculiaridades da política que desafia a lógica e a razão.


No entanto, o orçamento invisível foi aprovado e executado, ninguém sabe como nem o próprio rei sabe dizer onde foi aplicado este dinheiro, porque também ficou sem entender, como se diz na gíria, todos apanharam do ar.

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