A ministra das finanças, Vera Esperança dos Santos Daves De Sousa, está a ser criticada em fóruns próprios por ter promovido quadros para Administração Geral Tributária de Angola (AGT), cujo critério terá sido a ligação de familiares do esposo ou de outros membros do regime, representando favoritismo. As acusações estão a ser feitas pelos próprios funcionários da AGT, em reação a relatos de escândalos que têm sido reportados nas últimas semanas.
Com um conselho de administração nomeado em janeiro de 2021, a AGT tem como PCA José Vieira Leiria, apresentado como sobrinho por afinidade do esposo da Secretária do Conselho de Ministros de Angola, Ana Maria da Silva Sousa e Silva. O irmão da mãe de José Leiria é esposo de Ana Silva Sousa.
Leiria é igualmente citado como sendo amigo de César Armando Eusébio de Sousa, o esposo de Vera Daves, o que levanta suspeitas de que para a sua promoção terá contado as boas relações identificadas.
Ludgero Silva, o diretor da direção de cadastro e arrecadações na AGT, é filho de Ana Maria da Silva Sousa e Silva, a secretária do conselho de ministros. O PCA José Leiria e o Ludgero são primos.
Assistente na Disciplina de Direito Comercial da UAN, o administrador da AGT para Região Norte, Leonildo Manuel, é referenciado como tendo sido nomeado por “alguma influência”, uma vez que nunca trabalhou na AGT. Quando foi nomeado em 2021, vivia entre Luanda e Lisboa, onde operava como investigador do Centro de Investigação de Direito Privado da Universidade de Lisboa. A influência a que conotam a sua nomeação é sustentada pela fama de ser primo de César de Sousa, o esposo da ministra. A influência que o mesmo tem na instituição foi verificada quando intercedeu para a revogação da exoneração de uma funcionária, Carla Nogueira, que acabou sendo colocada como consultora da ministra.
Tiago Santos, igualmente membro do conselho de administração, é noivo de
uma amiga de Vera Daves, que foi convidada para se a sua madrinha do casamento.
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