O considerado general dos generais do MPLA, do seu antigo braço armado, FAPLA, António França "Ndalu", tinha tudo para evitar a morte dos dirigentes da UNITA em Luanda em 1992, quando o coordenador da delegação do "Galo Negro" Elias Salupeto Pena, ligou para o mesmo informando que a sua delegação encontrava-se em perigo.
Tudo começou no dia em que os confrontos pós-eleitoral em Luanda rebentaram, o general “Ndalu” recebeu um telefonema de Elias Salupeto Pena, da UNITA, a partir do hotel turismo pondo-o ocorrente sobre movimentações militares contra elementos da direcção da UNITA. Em resposta, general "Ndalu" apenas teria dito “Façam o que poderem”.
O grupo que ladeava Salupeto Pena entendeu que haviam sido atirados a sua sorte. Na tentavia de fuga de Luanda para a provÃncia do Bengo onde se encontrava o general Kamalata Numa, a delegação da UNITA que pretendia negociar a segunda volta das eleições caiu numa rápida emboscada e muitos deles foram mortos sem seguer receberem ajuda de França "Ndalu" à quem solicitaram ajuda por chamada antes de serem atacados.
A UNITA respeitava o general António França "Ndalu", Jonas Savimbi e alguns dirigentes da UNITA, viam o mesmo como uma pessoa confiável para as negociações, uma vez que após aos impasses do governo do MPLA contra a UNITA, o general “Ndalu” foi o primeiro dirigente da parte do governo a restabelecer contacto com Jonas Savimbi que estava refugiado no Huambo. Chegou a ir ao encontro dele para restabelecer as iniciativas para o processo de paz. Mais tarde, Jonas Malheiro Savimbi passou a ter reserva sobre o mesmo e em privado, dizia que foi engano pelo general “Ndalu” por se ter feito seu amigo.
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