Políticos angolanos condenam a tentativa de assassinato do ex-Presidente americano, Donald Trump, e dizem que é um mau exemplo para as democracias.
"É um mau exemplo para as democracias africanas", considera,
Julião Mateus Paulo "Dino Matross", dirigente histórico do MPLA,
partido no poder em Angola.
"Não estou a ver numa democracia perfeita onde tudo corre bem ainda
acontecem situações destas", acrescentou aquele político angolano que
lembra a violência do 6 de janeiro de 2021.
"E se fosse num dos nossos países, o que diriam e os detratores aqui
não dizem nada, esses países não estão a dar bons exemplos", continua
"Dino Matross", quem pontua que "a democracia não é perfeita e
que cada país tem a sua forma de fazer democracia".
Para o dirigente da UNITA, principal partido da oposição, Abílio Kamalata Numa,
"o que se passou na América é um alerta à navegação e um ato reprovável a
todas as dimensões". "Temos estado a assistir a degradação deste regime", reforça
Numa.
O porta-voz daquele partido, Marcial Dachala, considera "humanamente
deplorável e condenável" o que se passou na América, dizendo que "não
era expetável que em pleno século 21 tal acontecesse", disse.
O atentado
Donald Trump foi atingido por um tiro seis minutos depois de subir ao palco
num comício de campanha por volta das 18:15, no sábado, 13.
Ele levou a mão à orelha direita e depois caiu no chão antes de ser cercado
por agentes dos Serviços Secretos.
Pelo menos um espetador foi morto e outros dois ficaram gravemente feridos no
tiroteio, que ocorreu num grande espaço exterior descoberto numa área rural.
Depois de ter sido atendido num hospital perto da área, Donald Trump escreveu nas redes sociais que estava “bem”.
Líderes mundiais condenam atentado contra Trump e pedem fim da violência política
De acordo com relatos de testemunhas e vídeos publicados online, o atirador foi visto com uma espingarda a subir no telhado de um prédio próximo do local momentos antes do início do tiroteio.
O Presidente Joe Biden condenou o atentado dizendo "não haver espaço
para tal violência" no país e, no fim da noite, falou brevemente com
Trump.
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