Num país com milhões de crianças fora do sistema de ensino, igualmente subnutridas, sem um programa desafiador para a agricultura, sem estradas, sem um sistema primário de saúde estruturado, faz sentido aumentar as despesas públicas?
A teoria de que a divisão territorial em algumas províncias vai melhorar a gestão pública é uma falácia, descabida, um contrassenso e insensata. Esta proposta evidencia a inexistência de um projecto de nação coerente e sustentável.
Em quase 50 anos de governação, o executivo angolano, liderado pelo MPLA, não foi capaz de criar desenvolvimento, mantendo o país atrasado com 164 municípios. Como poderia administrar melhor com mais de 500 municípios? *Parece que pretende-se apagar o fogo com gasolina.*
*UMA AUTÊNTICA COLISÃO COM A REALIDADE*
Como interpretar tal fecundação cerebral? Será que o projecto veio dos pseudointelectuais catamboristas?
Analisemos as possíveis motivações:
1. *Vontade de manutenção totalitária do poder político*:
A divisão territorial surge como uma tentativa de perpetuar um regime totalitário.
2. *Manobra de diversão*:
Este plano serve para desviar a atenção dos problemas reais que afligem o país, como a corrupção endémica, má gestão dos recursos públicos e a ausência de políticas eficazes para o desenvolvimento socioeconómico.
3. *Fuga para a frente*:
Incapazes de oferecer soluções concretas, a actual liderança política recorre a estratégias ilusórias para mascarar a sua ineficácia e falta de visão, empurrando para o futuro os problemas que deveriam ser resolvidos no presente.
É, sem sombra de dúvidas, uma cortina de fumo, uma tentativa desesperada de esconder a realidade e evitar a responsabilização pelo estado caótico em que se encontra a nação.
A divisão política de Luanda é um não assunto e demonstra uma clara frustração e medo, fruto do desgaste e caducidade de um regime que alimenta um sistema totalmente falido.
Luanda, com a menor parcela territorial entre as províncias de Angola, precisa de uma gestão eficiente e transparente. *É tão simples quanto isso.
O país clama por mudanças estruturais profundas: investimentos sólidos na educação, na saúde, na infraestrutura e na agricultura. O povo angolano merece um governo que trabalhe verdadeiramente pelo desenvolvimento sustentável, que promova a igualdade de oportunidades e que combata a corrupção com firmeza. Só assim poderemos vislumbrar um futuro próspero e justo para todos.
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