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Matadidi agradece o reconhecimento do seu trabalho em prol da música

O músico e compositor Matadidi Mario “Bwana Kitoko” enalteceu a homenagem feita pelo MPLA, através do projecto “Heróis da Canção Revolucionária”, durante uma gala de consagração pelos seus feitos em prol da música angolana, que juntou, sábado, vários músicos, escritores e figuras da cultura, da política e da economia no Centro de Conferências de Belas (CCB), em Luanda.

O homenageado revelou ter sido um momento muito importante da sua vida receber tamanha  distinção do MPLA, acrescentando que está a viver um grande momento da sua carreira em companhia da grande família.

Além desta distinção, Matadidi foi também homenageado, na III Trienal de Luanda, em Julho de 2007, em cerimónia integrada no programa "Caldo do Poeira”, da Rádio Nacional de Angola (RNA), realizada no Centro Cultural e Recreativo Kilamba, local onde já tinha marcado presença em Setembro de 2005, por ocasião das comemorações do Dia do Herói Nacional, numa perspectiva de reconstituição da sonoridade da Orquestra Inter Palanca.

O momento musical da gala foi antecedido pela exibição de um documentário com depoimentos de músicos e escritores, com destaque para Santocas, Sam Mangwana, Teddy Nsingui, Fragata de Morais e o Professor João Teta, produzido pelo jornalista e realizador Francisco Keth.

O célebre guitarrista Teddy Nsingui disse que é uma homenagem merecida, pois as distinções devem ser feitas em vida, tendo louvado a iniciativa  do projecto "Heróis da Canção Revolucionária”.

Para o Professor João Teta, em qualquer parte do mundo onde estiver um angolano a fazer sucesso por trás está sempre a bandeira de Angola. "Isto é que Matadidi fez durante anos na sua digressão além-fronteiras”, disse.

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, revelou que Matadidi faz parte de uma geração de músicos angolanos que deram outro sentido   à revolução.

O músico Matadidi, afirmou, alcançou a pirâmide da expressão musical, só comparável ao sucesso do carismático e grande agrupamento Kissanguela.

"A música de Matadidi Mário toca na alma. É digerida pela nossa memória colectiva, que quando ouvimos uma das suas canções escutamos o que temos na memória e carrega-nos para uma viagem ao passado que nos eleva e imputa responsabilidades de darmos expressão no nosso tempo, que custou o sacrifício de gerações de pais e heróis que se bateram pela causa do povo angolano”, ressaltou a vice-presidente do MPLA.

Jomo Fortunato, jornalista e ex-ministro da Cultura, disse que com esta distinção Matadidi está incluído com honra no nobre ciclo de homenagens dos Heróis da Canção Revolucionária, tendo o grande mérito e ousadia de compor em língua portuguesa, idioma que não dominava, assim como fundou a emblemática Orquestra Inter Palanca.

De acordo com Jomo Fortunato, a música "Engage”, de intervenção revolucionária, volvidos 50 anos,  ficou gravada na memória colectiva dos angolanos. É uma marca inapagável de uma música inequivocamente romântica, nos seus motivos, propósitos políticos e textuais.

A gala de homenagem foi animada pelos músicos Tabonta Gilberto, Santocas, Calabeto, Dina Santos, Mila e Teddy Nsingui.

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