O estigma da greve coloca esta tarde o 1º de Agosto diante de uma encruzilhada para o jogo com a Académica do Lobito, às 16h, no Estádio França N'dalu, para a conclusão da décima primeira jornada.
A precisar de dissipar as dúvidas em relação ao momento menos bom que enfrenta, a equipa militar está proibida de falhar no duelo com os estudantes. Depois de levantada a greve, os jogadores querem lutar pelos pontos, por isso os adeptos podem estar tranquilos e não precisam mais de ter medo. A equipa não quer fazer figura de corpo presente.
O treino perdido por causa da greve causou
contrariedade inesperada na equipa técnica, liderada por Filipe Nzanza.
Seguramente, o plantel propõe-se a contrabalançar a adversidade com a rotina
adquirida há muito tempo. Aliás, os atletas conhecem-se e não é por causa de um
dia sem trabalhar que a equipa vai desaprender a ponto de levar uma lição dos
estudantes.
Mal em todos os aspectos, a Académica do Lobito
atravessa a pior fase da época, daí que as possibilidade de pontuar diante do
1º de Agosto são reduzidas. O contrário, sim, é verdadeiro. Há mais
probabilidade de os estudantes voltarem a perder, e não seria nada
extraordinário, em função da diferença de qualidade dos plantéis.
A correlação de forças favorece na íntegra os
ru-bro-negros que, mesmo com salários em atraso, têm a faca e o queijo na mão.
Os estudantes sabem o que fazer para provocar o deslize alheio, mas talvez não
chegue para impedir que a artilharia militar faça mossa no França N'dalu.
Uma nova derrota vai enfraquecer ainda mais a posição
do técnico João Pintar. A equipa está a apanhar por tabela. Certamente, há
também problemas internos que influenciam o rendimento da Académica do Lobito.
A bem da verdade, o dinheiro gasto nas afrotaças teria mais serventia exclusiva
nos compromissos internos, mas agora já é tarde demais para chorar pelo leite
derramado.
Dérbi do leste
O dérbi do Leste é de vida ou morte para os
maquisardes e diamantíferos, sedentos de pontos como nunca antes. As duas
equipas estão centradas na vitória para cumprir a ambição neste jogo.
É ponto assente que o Sagrada Esperança corre mais
riscos, porque está atrás do prejuízo, ou seja, quer encostar-se ao Desportivo
da Lunda-Sul e Petro de Luanda, os dois primeiros do Campeonato Nacional.
Ao contrário do FC Bravos do Maquis, a equipa
orientada por Roque Sapiri comporta-se como um verdadeiro candidato ao título,
por isso, percebe a importância de somar e seguir em frente para impedir que o
Desportivo e o Petro fujam nesta primeira volta.
Os diamantíferos estão proibidos de falhar. É verdade
e certamente têm de aceitar pagar o preço que for preciso pela vitória, ao
mesmo tempo que terão de impedir os maquisardes para não fazer das suas.
Embora bastante irregular no campeonato, os maquisardes não são assim tão
fracos a ponto de não garimparem os três pontos. Tudo vai depender da atitude
competitiva duradoura com que vai actuar. Se for inconstante, como tem sido
imagem de marca, com muita ou pouca dificuldade, o Sagrada vai somar mais três
pontos.
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