O Comandante-Geral da Polícia Nacional está a ser criticado por transformar os agentes em “mendigos” nas esquadras do país, devido à falta de apoio logístico nas unidades policiais.
Segundo o jornalista angolano, Coque Mukuta, a situação é preocupante e se agrava a cada dia que passa. O profissional de comunicação em Angola aponta a falta de conhecimento das autoridades como a causa desse ambiente nas unidades.
“O Comandante-Geral da Polícia Nacional transformou os efectivos da Polícia Nacional em “mendigos”, devido a uma falta de conhecimento do órgão que dirige”, afirmou.
Coque Mukuta, que participou no programa, “Ponto de Equilíbrio”, da Rádio Despertar, na última terça-feira, 4, mencionou que, desde a tomada de posse do novo chefe da polícia angolana, Arnaldo Carlos, em Janeiro de 2022, que os efectivos das diferentes unidades policiais têm reclamado da falta de apoio logístico.
Esta situação, de acordo com o jornalista, tem levado a comportamentos inadequados dos agentes da ordem durante abordagens aos cidadãos.
O escriba expressou preocupação com a qualidade das fardas dos agentes da Polícia Nacional (PN), muitas delas bastante rudimentares, e mencionou que, por vezes, os próprios agentes têm que comprar as fardas.
Além disso, Coque Mukuta ressaltou a falta de abastecimento logístico nas esquadras e o encerramento dos refeitórios. “É lastimável olhar para uma farda de um agente da Polícia Nacional, muitas delas bastante rústicas, às vezes, tem que comprar as fardas e mais, não há abastecimento de logística nas esquadras, os refeitórios já não funcionam”, lamentou.
Coque Mukuta, que admite não se tratar de uma prática generalizada, denuncia que, em algumas unidades policiais, os efectivos pagam quinze mil kwanzas para terem o passe de identificação. “Infelizmente, no Ministério do Interior até passe de serviço para um efectivo ter acesso é por vias ilícitas – pagar mais de 15 mil kzs”, denunciou.
Tentamos contactar o Diretor do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional, Subcomissário Mateus Rodrigues, para obter uma resposta adequada, mas ele prometeu um esclarecimento oficial somente na próxima segunda-feira.
Recorda-se que o Comandante-Geral da Polícia Nacional, Arnaldo Manuel Carlos, ingressou na corporação em maio de 1986 e foi nomeado para o cargo pelo Presidente da República em Janeiro de 2022.
Em desenvolvimento na próxima edição. Vamos visitar às cadeias de Luanda para sabermos como anda a vida dos presos.
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